terça-feira, dezembro 29, 2009

2009 já está quase acabando e eu aproveitei as merecidas férias em território carioca para correr aqui e deixar algumas palavras. Sem o costumeiro balanço do ano que passou, me limito a dizer apenas que 2009 está devidamente classificado como um ano bom. Sim, um ano muito bom, como todos os anos deveriam ser, e mesmo que tenha tido isso ou aquilo de não tão bom assim, como tudo na vida, 2009 está na caixinha de boas recordações. E que venha mais um ano novinho em folha e a esperança de coisas boas prevalece, ainda que possa haver algum imprevisto aqui ou ali. Então, também anseio por serenidade. 
Não sou adepta de recados de fim de ano em massa, mas meu desejo de um ótimo ano novo se estende por todos que amo. FELIZ 2010!

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Vamos combinar o seguinte: você não pergunta, ele não responde e vice-versa. Não vejo motivo em querer saber de nada que tenha acontecido antes de determinada data. Acabou, passou, ficou lá atrás. Você não estava lá e nem ele estava ali. Então é melhor deixar tudo na caixinha de lembranças e se quiserem relembrar, façam isso longe um do outro. Porque tais lembranças desgastam, chateiam, constrangem. Ou seja, é totalmente desnecessário esse comportamento. Desnecessária essa exposição. Desnecessário plantar dúvidas e decepções, assim, a esmo. Desnecessário deixar cair por terra os sentimentos bons. Quanto menos falamos, menos nos comprometemos. Quanto menos sabemos, menos nos decepcionamos. Nesse caso, em especial, saber de menos não é desvantagem.

terça-feira, dezembro 15, 2009

Abri o livro que você me deu há quase três anos e senti uma repulsa ao ler sua dedicatória. Antes não tivesse escrito nada, assim eu não teria que relacioná-lo com aquele livro cheio de poeira em minha estante. Era para ser um presente de aniversário, mas você o entregou atrasado e o leu antes de mim. Senti raiva, deixei guardadas suas palavras até o dia em que eu realmente sentisse vontade de lê-las. Hoje. Não foi uma vontade premeditada, mas súbita. Olhei o título tão inconveniente e puxei-o com força. Eu nunca havia me interessado por essa leitura. Em menos de um dia li o livro do início ao fim, sentindo uma espécie de curiosidade e ansiedade para terminar de ler o quanto antes para, finalmente, encerrar qualquer vínculo que houvesse entre nós. Não gostei do que li. Eu deveria saber que você nunca soube o que realmente me agradaria. Arranquei a página com a dedicatória e guardei o livro na última gaveta do armário cheio de tralhas. Como se, de alguma forma, você pudesse ouvir meus pensamentos, o telefone tocou e era você do outro lado. Usou sua voz mais tranquila, o pretexto de que havia tido um sonho, e desligou com o gosto amargo da ausência de sentimentos. Arrependimento. Pela escolha do livro, pela dedicatória, pela mágoa causada, pelo sentimento destruído, pela perda. Você nunca aprendeu como proceder quando a saudade acorda.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

O rapto da mala roxa

Para tentar fugir do padrão de malas pretas decoradas com fitinhas coloridas, você decide comprar uma mala roxa, na esperança de identificá-la mais facilmente caso precise despachá-la algum dia. Você toma todas as precauções, a começar pela identificação com nome e telefone, além de cadeado, é claro. Além disso, você memoriza exatamente a posição do zíper e, de quebra, coloca um chaveiro. Não há nenhuma fitinha colorida em mãos, senão você também a colocaria. E lá se vai sua mala, nas profundezas sem fim do aeroporto. Você viaja o tempo todo pensando na sua pobre mala abandonada, desejando que o reencontro seja rápido e sem surpresas desagradáveis. Quando, finalmente, você está à espera de sua malinha na esteira, eis que surge uma mala roxa e outra pessoa a pega. Você observa a cena cuidadosamente antes de sair correndo, mas conta com a sensatez do próximo, afinal, qualquer pessoa há de verificar as etiquetas e afins e deveria reconhecer sua mala logo de cara. Você, de longe, não vê o chaveiro e acredita que aquela mala seja, então, do ser estúpido que a pegou primeiro. Muitas malas depois, surge outra mala roxa e você, só de bater o olho, percebe que aquela não é a sua mala!!!!! Não há chaveiro e nem resquício dele, o zíper está em outro lugar e, o pior, seu nome não está na plaquinha de identificação. Desespero. Você sai correndo pelo aeroporto, tentando encontrar a infeliz que pegou sua mala, mas ela já deve estar longe há tempos, já que a SUA mala foi uma das primeiras a aparecer. Ao notar seu desespero, o funcionário da companhia aérea vem te ajudar e tenta identificar e localizar a energúmena que levou sua mala. Longos minutos depois, ele surge com a feliz notícia que conseguiu falar com ela! A criatura já está muito longe e ousa sugerir que você a encontre em algum lugar. Você, claro, se recusa e diz que vai esperá-la no aeroporto, de onde ela nunca deveria ter saído com a SUA mala. Mais longos minutos de espera depois, a pessoa lesa surge e você sai correndo ao encontro da sua pobre malinha raptada. Ao agarrar sua mala, aceita rapidamente o pedido de desculpas e vai embora correndo. O chaveiro sumiu. De qualquer forma, mesmo que o chaveiro não estivesse lá, havia vestígios: a argola. Além disso, foi colada uma etiqueta com seu nome e a lesada da mulher não se deu nem ao trabalho de conferir se era dona da mala mesmo, visto que na mala dela, de verdade, não havia nenhuma identificação. Conclusões: jamais coloque chaveiros para identificar sua mala - eles são sumariamente roubados. Amarre fitas, coloque adesivos, armadilhas, qualquer coisa, menos chaveiros bonitinhos. Sempre verifique se a mala é sua mesmo e, o mais importante, caso alguém pegue uma mala que parece ser a sua, não hesite em correr atrás para se certificar de que não é mais um abobado raptor de malas alheias.
Então, sentiu-se decepcionada. Aquele embrulho bonito, que parecia ter sido feito exclusivamente para ela, mostrou seu lado nem tão bonito. Ficou confusa com o que viu, ouviu e descobriu, assim, tão despretensiosamente. E sentiu raiva, ciúmes, mágoa, frustração. As expectativas tão boas que aquele embrulho havia causado, na verdade, tinham seu lado feio escondido. Resolveu deixar o embrulho de lado, já não sabia mais se estava disposta a, mais uma vez, descobrir a lacuna dentro daquele pacote tão supostamente bonito. Não muito tempo depois, concluiu que tudo tem um lado nem tão bonito assim - uma aba dobrada meio torta, um botão frouxo, uma linha sobrando, uma ponta rasgada. O embrulho, a princípio, estava apenas mostrando seu lado mais bonito - o laço perfeito, a fita do tamanho exato, a cor mais bonita, o tamanho ideal. O que, por acaso, é a maneira que encontramos de nos proteger. Agarrou o embrulho, amassando-o, e resolveu que não seria um fio repuxado que a faria desistir. Era só um embrulho, o conteúdo do presente importava muito mais.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Foi inevitável. A música soava em um volume alto, mas agradável. Ao ouvir àquele som, rapidamente teve seu pensamento tomado por um único foco: ele. Seria conveniente dizer que não bastava que fosse ele, mas o momento em que ele a deixou. Ela permaneceu parada, apenas ouvindo a trilha sonora de todo o sofrimento que ela havia passado alguns anos atrás. Como um trailer, as lembranças estavam reunidas em uma única música. As falas, as muitas lágrimas, a falta delas, o carro indo embora, o tapa. Ela poderia até mesmo criar um título ao malfadado caso de amor. Atônita, envolta ao som que insistia em tocar alto, ela permaneceu os quase cinco minutos em transe, tentando, de alguma maneira, se libertar. Como se apenas um botão tivesse sido apertado, a música terminou e ela pôde voltar a si. Então, ela sentiu-se livre, completamente livre. Foi acometida por um sorriso meio torto, mas espontâneo e, sobretudo, sincero. Ela, sorrateiramente, havia superado a perda, a mágoa, a dúvida. Nada mais a incomodava, ela estava feliz, de fato.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Eu não sei muito bem qual é o sentimento que se instalou aqui dentro. Acredito que tenha sido por conta dessa incerteza que fiquei tanto tempo sem escrever, sem contar as novidades, as angústias e a previsão do tempo. Eu tenho pensando em uma porção de coisas, mas, além disso, tenho passado por uma boa quantidade de acontecimentos. O tempo tem passado insuportavelmente devagar durante o dia, mas à noite eu nem o vejo passar por mim. Ainda assim, tenho encontrado mais tempo para ler, na verdade, eu diria que reencontrei a vontade. Por mais que eu tenha paixão pela leitura, também passo por fases de rebeldia. Minha casa continua meio bagunçada, mas as contas estão em dia, como tem que ser. Mas sinto dor ao ver a maior parte do meu salário destinada às contas. Já não é de hoje que ando um tanto desanimada em certo aspecto, mas estou procurando manter o exercício da paciência ativo. Isso ainda há de ser útil um dia. O coração vai muitíssimo bem, obrigada. A saudade de pessoas queridas continua, e a previsão é de que isso venha a aumentar, infelizmente. Eu continuo não me alimentando tão bem quanto deveria (e precisaria), mas tudo parece estar funcionando conforme o esperado – as dores cessaram, pelo menos aparentemente. As viagens já estão planejadas pelos próximos dois meses, e as três comemorações estão rodeadas de boas expectativas. Nada de ansiedade, só bons pensamentos, também com relação aos amigos – casamentos, filhos, vida nova! Sempre bom ter notícias assim!



Que venha 2010! [mas venho me despedir de 2009 em breve]



sexta-feira, novembro 27, 2009

Desabafo...
Dentre as coisas que me irritam, está o ato de atender ao telefone. Eu detesto. Exceto quando eu sei exatamente quem está ligando e, claro, se for do meu interesse falar com quem está do outro lado. Do mais, eu realmente tenho pavor daquele som infernal do telefone. Já tive o grande desprazer de trabalhar como secretária (que, muitas vezes, é sinônimo de recepcionista), profissõeszinhas mais ingratas, e é evidente que todas as ligações não eram de meu interesse.

- Funerária Vá Com Deus, Atazanada, bom dia.
- Bom dia, de onde fala?
- Do açougue.
- Por favor, para que número eu liguei?
- Desculpe, senhor, acabei de jogar a bola de cristal na parede.

Eu detesto anotar recados, deve ser por isso que eu não tenho o costume de deixar recado. E, mais ainda, eu abomino passar as ligações, dizendo quem é, de onde vem, para onde vai e qual o assunto. Odeio ter que voltar com uma desculpa esfarrapada só porque o infeliz que tinha que atender ao telefone não está a fim. A mentira sempre sai da boca do condenado que deu o azar de atender ao telefone. Essa história de deixar recado também requer um tanto de responsabilidade, porque se for algo importante e você esquecer de passar, a culpa também é sua. Sinceramente, isso desgasta. Mas o que mais enraivece é ficar escravo desse aparelhinho diabólico. Qualquer saidinha rápida já o faz tocar desesperadamente e ai de você se demorar ou não atender. Só eu sei cada resposta carinhosa já me veio à mente. Fazer ligações a pedido dos outros também me deixa intolerante. Assim, junte a minha vontade de cá e o bom humor de quem atendeu de lá e o resultado é uma conversa incrivelmente irascível. E quando você não consegue falar com a pessoa solcitada, automaticamente, a culpa passa a ser sua. Então, o problema passa a ser seu caso não encontre o maledeto nos próximos minutos.

Se atender ao telefone e fazer ligações fossem gratificantes, não haveria a coitada da pessoa contratada para fazer isso.

Entretanto, DEFINITIVAMENTE, eu não fui contratada para isso. Inferno.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Diariamente, eu me deparo com fatos e mais fatos de que, definitivamente, o tempo voa, mas, ainda assim, eu sempre me surpreendo. Sempre. A famigerada falta de tempo acaba por me afastar dos hábitos antigos e a distância, essa sim, parece deixar-me fadada a um único sentimento: saudade. Ainda que eu nunca tenha tido 'turmas' de amigos - de infância, de colégio, de trabalho - eu sempre tive o hábito de extrair as melhores coisas (pessoas) dos lugares. Tenho amigos espalhados por inúmeras cidades e eu me contorço de saudade até mesmo dos que moram no mesmo lugar em que, atualmente, me encontro. Dentre todos, há, sim, uma turma que conquistou meu coração há quase um ano. As histórias foram muitas, os momentos também, e a saudade que ficou, por conta da tal distância que jogou cada um para um lado, tem feito com que eu perceba, cada vez mais, que o tempo é cruel e passa, mesmo, sem nenhuma piedade. Eu sinto saudade de determinadas épocas, em que eu vivi intensamente e acreditava, sim, que seria sempre daquela maneira. Não foram, mas as coisas boas ficaram, certamente. Lembro com saudade de quando morava com meu irmão, embora eu passasse maus bocados na selva de pedra. Algumas coisas simplesmente foram e nunca mais serão. E, apesar de, às vezes, dolorida, essa é a melhor parte. Porque o mais importante ficou, a experiência valeu. Lembro com muita saudade de cada fase que vivi, mas, não, não desejo voltar. Agora eu olho para frente e apenas guardo uma parte saudosa dentro de mim. Lembro com saudade, satisfação e a certeza mais que absoluta de que tudo tem seu lado bom.

terça-feira, novembro 17, 2009

Sabe quando você quer tanto bem alguém que até consegue esquecer cada aborrecimento que teve antes de encontrar o real significado do amor? Sabe o que é sentir alguém fazer carinho no seu rosto no meio da noite e ter a certeza, por esse simples gesto, de que isso, sim, é gostar de verdade? Sabe o que é poder contar, de fato, com alguém? Sabe o que confiar sem medo e não precisar de desculpas? Sabe o que é sentir aquele ciúmes de zelo e também sentir-se amparado? Sabe o que é ter vontade de sair correndo e abraçar forte depois de uma conversa séria para ajeitar as coisas? (essas conversas são chatas, mas fundamentais) Sabe o que é cumplicidade, afinidade e felicidade estampadas em dois sorrisos que se olham? Sabe o que é esquecer por completo as lamentações, as frustrações e a desesperança? Sabe o que é olhar para trás e sentir uma espécie de asco, ao lembrar de cada situação desnecessária por qual passou? Sabe o que é olhar para frente e visualizar uma história bonita e cheia de amor? Sabe o que é aproveitar cada minuto porque parece ser valioso? Sabe o que é sentir-se completo apenas pelo fato de estar na companhia de quem tem feito seus dias mais coloridos?

Se você deixou de saber, é porque talvez ainda não fosse o momento. Não fique descrente e tampouco despreze o sentimento de quem agora sabe.
Se você não sabe, tenha a certeza de que vai entender quando sentir.
E se você sabe, então agradeça e cuide bem do seu amor.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Há um momento em que tudo parece ficar mais claro e é possível decidir algo e, sobretudo, discernir algumas coisas em sua vida. Você percebe que está cansado do seu trabalho, não pelo trabalho em si, mas pelo ambiente em que você é obrigado estar, pelo menos, nove horas por dia. Você sente muito mais saudade de sua família e daqueles amigos que você não vê há tempos por conta da famigerada falta de tempo. Você sente na pele que sua saúde é preciosa e frágil, e que é preciso cuidar o quanto antes de cada dorzinha que surgir, porque ela pode piorar muito ao longo do tempo. Você se dá conta de que a pessoa que você ama é, de fato, a melhor coisa que poderia ter lhe acontecido e de que você nunca esteve tão feliz como agora. Então, você resolve tomar algumas atitudes para mudar o que lhe desagrada e preservar o que lhe faz bem. E, acima de tudo, você agradece por cada sorriso estampado no seu rosto e no rosto de quem o cerca, porque mais importante que estar feliz é fazer alguém feliz.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Lord, I thank you for this season in my life. Like fall, I rest in the beauty of preparation for the spring of new life. I give you thanks.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Sutilmente...


E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace. Quando eu estiver louco, subitamente se afaste. Quando eu estiver fogo, suavemente se encaixeE quando eu estiver triste, simplesmente me abrace. E quando eu estiver louco, subitamente se afaste. E quando eu estiver bobo, sutilmente disfarce. Mas quando eu estiver morto, suplico que não me mate, não. Dentro de ti, dentro de ti. Mesmo que o mundo acabe, enfim. Dentro de tudo que cabe em ti.
[reiterando]

quarta-feira, outubro 28, 2009

A verdade é que são poucas as pessoas que têm paciência para lidar e compreender os problemas alheios, principalmente, quando não lhe dizem muito (ou nenhum) respeito. Tentam apaziguar, dizer que vai ficar tudo bem e tentam te convencer de que não é nada de especial, que vai passar. Sim, vai passar. Sim, pode até ser que para a outra pessoa não seja nada de muito importante. No entanto, naquele momento, para você, é importante o suficiente para te deixar um tanto agoniado. Então, você aprende que algumas coisas não valem a pena ser ditas, não a esmo, não a determinadas pessoas. Que por mais que você esteja aflito, às vezes, é melhor ficar quieto, para não se frustrar, não preocupar e não irritar ninguém e, especialmente, não se aborrecer mais. Porque quando te dizem que não sabem como agir diante de sua angústia, pedir que, então, tentem te entender é o mesmo que pedir que resolvam seu problema. Quando ninguém sabe como agir, talvez seja melhor deixar estar.

quinta-feira, outubro 22, 2009

São pequenos detalhes, mas são eles que me fazem manter pessoas queridas assim, sempre presentes. Quando ouço aquele cantor; aquela música, em especial; quando vejo aquele carro, e lembro o quanto você o acha estranho; quando vou comprar jornal, e vejo as palavras-cruzadas; quando como aquele prato, que tanto te apetece; ainda mais quando vou ao restaurante que você mais adora; quando me pego falando as mesmas expressões que você costuma usar, mas que não têm o mesmo efeito faladas por mim; quando assisto a um dos filmes que você mais gosta e aos seus seriados preferidos; quando visto aquela roupa, que foi um presente seu; quando sinto o perfume daquelas flores, as que você mais gosta; quando vou aos lugares que você mais costuma ir; quando sinto um perfume parecido com o seu (porque o seu é só seu); quando vejo cachorros e gatos e sei que você faria um comentário carinhoso; quando vou à livraria e penso em lhe comprar um presente; quando fecho os olhos e vejo o seu sorriso, lindo e sincero; quando me sinto abraçada por você, ainda que você não esteja aqui.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Tarde demais. Ela acordou e viu que tudo aquilo que havia sonhado era, de fato, pura ilusão dela. Aos poucos, foi ficando esgotada com suas atitudes. Seus descasos, suas traições, seu pouco bom humor, suas manias, suas mentiras, seu desafeto. Tudo feito especialmente para ela. Foi ficando cansada, por mais que ainda achasse que poderia não ser nada importante. Foi embora. Você a mandou embora muitas vezes, ainda que indiretamente, mas então ela foi de verdade. Você refez (ou fez) sua vida e, por uma conspiração do Universo, caiu no colo dela de novo. Liga, escreve, deseja, a procura. E não acha. Tarde demais, ela já foi embora.

quinta-feira, outubro 15, 2009

- Tantos desencontros, tantos anos, tantos "se"... Por que é que esse amor nunca se ajeita?
- Esse amor não é para ser vivido. É para ser sentido.

quinta-feira, outubro 08, 2009

Há dias em que não é apenas o céu que acorda cinza. Parece que, assim como o céu, você também está sem cor. As nuvens carregadas se assemelham com seus pensamentos, repletos de dúvidas e inquietações. A vontade é de parar de pensar. Nem mesmo dormir adiantaria, porque os sonhos ficam agitados. Em dias assim, o coração fica apertado e é preciso ter muito controle para não agir por impulso, pegar o carro e encontrar quem não deve, ligar para quem não faz mais sentido, descontar em quem nem sabe o que acontece. Em dias assim, o desejo é que chegue logo o entardecer e que, durante a noite, um novo dia, sem a cor cinza, seja preparado. A inquietude ainda pode existir na manhã seguinte, mas, um novo dia começa e a esperança, aquela velha conhecida, de que tudo há de ficar bem também acorda ao seu lado. Aquele gosto amargo na garganta passa a ser doce. Ainda que nada se resolva de imediato. Você não está sozinho.
M A L D I T A greve dos bancos.

quarta-feira, outubro 07, 2009

- Eu tenho a impressão de que tudo que aconteceu naquele dia é mero fruto da minha imaginação. Eu não penso nisso o tempo todo, mas sempre que penso, parece que não aconteceu, de fato.
- Isso acontece porque esse foi um dia que você realmente viveu. Não foi apenas mais um dia.
- Que profundo isso...
- Meses de terapia...
[Sobre aquele dia]
Ela pediu para que ele não o procurasse até que ela conseguisse descobrir o que vinha acontecendo com ela mesma. Ele acatou, não discutiu, principalmente porque ele também não estava muito certo de que seria uma boa ideia tê-la por perto. Na verdade, quem procurou por alguém foi ela, depois de tantos e tantos anos. Ele não precisou fazer nada, ela quem apareceu novamente em sua vida para fazer da vida dela mesma uma confusão. Ele permanecia intacto, apenas observando e, como de costume, sem entender aquela mente inquieta de quem parecia ser um ponto de interrogação em forma humana. Ela alegava estar em um momento de transição, mas, depois de tantos anos, ele, que já havia se acostumado com a inconstância dela, não entendia mais o que isso poderia significar. Ela o olhava como se fosse uma relíquia, daquelas que a gente tem medo de tocar para não correr o risco de quebrar. Eu precisava te ver. De modo súbito, ela decide que precisa ir embora, que está muito confusa. Ele apenas consente e se afasta. Desculpa, sou eu. Sempre foi. Eu sei, e eu não sei por que sou assim. Tudo bem. Não tenha raiva de mim. Pelo contrário... Eu só quero que você se encontre (e me ache em você).

terça-feira, outubro 06, 2009

Agora eu sei quem me trouxe a esperança e a alegria de que o amor existe, sim. Agora eu sei quem, apesar de não estar na mesma cidade onde eu moro, é extremamente presente e sempre está ao meu lado. Eu sei qual é a minha motivação de viajar sempre que possível. Agora eu já conheço a voz que ouço todos os dias e que me faz muito bem. Eu finalmente descobri o que havia guardado de bom para mim depois de seis anos de desencontros comigo mesma. Eu conheço o rosto, o sorriso e o abraço de quem não me sai do pensamento. Agora eu sei quem completa o meu sorriso. Agora sim, eu conheço o apreço, o zelo e o afeto verdadeiros. Agora eu sei quem entrou na minha vida sem hesitar e, sobretudo, permitiu que eu fizesse parte de sua vida. Agora eu sei o que são dois sorrisos juntos, transformados em um.

segunda-feira, outubro 05, 2009

Ela acordou pensando na conversa que tiveram ontem, por um desses meios de comunicação virtual. Desde a última vez que se encontraram pessoalmente, mal tinham se falado. E já se passavam anos desde a última vez que estiveram, de fato, juntos. O encontro de meses atrás resumiu-se apenas em alguns sorrisos trocados de longe. Acordou como se tivesse bebido demais na noite anterior, mas, não, eles apenas haviam trocado algumas palavras, combinando um encontro. E era exatamente aí que estava o problema. Um encontro era mais do que esperado, era necessário, mas ela tinha tanta curiosidade para saber o que aconteceria, que quase podia definir tal sentimento como medo. Não era a primeira vez que ele mostrava interesse em encontrá-la, mas ele sempre ficava muito tempo sem dar notícias. Ela sempre passava seu número de telefone, já que ele sempre o perdia de alguma forma, sem esperar que ele realmente ligasse. Ela o conhecia o suficiente para saber que ele não ligaria. Mas, dessa vez, ele parecia decidido e, teoricamente, nada havia de impedi-lo. Então ela esperou. Naquele dia, fumou mais que o habitual. Saiu mais cedo do trabalho, pois a concentração estava perdida em algum canto do escritório. Fez compras no supermercado - ainda lembrava o que ele mais gostava. Chegou em casa e resolveu cozinhar algo para distrair. Esqueceu seu telefone no quarto, enquanto preparava o molho da massa ao som de suas músicas favoritas. Quando lembrou, nenhuma chamada não atendida apontava no visor. Antes mesmo de se sentir frustrada, a campainha tocou. Ele não era capaz de ligar, mas sabia como surpreender.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Nunca escondi minha estupidez geográfica.
Falta-me senso de direção em muitos momentos, a ponto de ir para o lado errado em uma rodovia que, supostamente, eu conheço há quase 27 anos. Muitas vezes, sou capaz de me perder nos caminhos mais fáceis e não conseguir traçar caminhos óbvios. Sempre que me dão coordenadas para chegar a algum lugar, eu me perco só de ouvir. Já li a respeito que mulheres têm mais dificuldade nesse aspecto. Deve ser por isso que os homens ficam irritados quando olhamos para um mapa com cara de espanto, como se estivéssemos diante da vitrine da loja mais cara do shopping.
No entanto, tive que correr aqui para registrar minha última experiência com instruções de "Como Chegar".
O destino será chamado, carinhosamente, de Fim do Mundo:

1 - Pegue a avenida principal e siga reto;
2 - Permaneça à esquerda, vire no posto e logo em seguida, vire a primeira à direita. Cuidado para não fazer o retorno; Eu já teria me perdido a essa hora.
3 - Continue reto, reto, reto, reto;
4 - À esquerda, vai ter o Condomínio J. - NÃO É ESSE;
5 - À direita, vai ter o Condomínio S. - TAMBÉM NÃO É ESSE;
6 - Contando do posto, na terceira lombada, vire à esquerda, na Rua L;
7 - Lembre-se: entre na rua e não no condomínio; É nessa parte que eu SEMPRE faço o que me mandam NÃO fazer.
8 - Vá reto toda vida, sempre subindo. Cuidado, é escuro;
9 - Faça a curvinha fechada à direita. É bem fechada;
10 - Continue subindo, nunca desça. Se começar a descer em algum momento, é porque está no caminho errado; Eu já estaria quase no inferno quando me desse conta disso.
11 - Quando vir uma chácara, vire à esquerda, ao lado da lixeira, em um portão aberto. É uma estrada de terra;
12 - Vai ter uma bifurcação, mantenha-se à esquerda; Eu ia parar no meio e ligar para confirmar.
13 - Continue subindo. Lembre-se: só sobe, sobe, sobe;
14 - Entre na primeira à direita;
15 - Existem 3 casas, é a de portão verde, com um poste na frente. A única casa iluminada, por sinal;
16 - Bem-vinda ao Fim do Mundo!

Acreditem!!! Eu NÃO me perdi! Um marco na história da humanidade, juro!
(mas eu não dispenso um GPS de presente de Natal ou aniversário)
Eu não sei a razão, mas alguma coisa não me deixa ficar sem pensar nela. Tanto tempo passou, tanto mudou, mas parece que eu sinto como se ainda houvesse aquela essência de anos atrás. Ela sempre está tão linda, sempre cheia de novidades. Muda de emprego, de cidade, de namorado, mas aquele sorriso não muda. Eu disse que ligaria, que queria encontrá-la, mesmo tendo que correr alguns riscos (o que não seria novidade para nós), mas não liguei. Não consigo, nunca consegui. Durante todos esses anos, o que eu mais queria era encontrá-la, ligar, sair correndo para um lugar só nosso. Mas eu nunca consegui. Por quê? Eu sei que talvez ela não espere mais que eu ligue, que ela já passou o número de telefone inúmeras vezes, que ela só está sendo simpática quando concorda em me encontrar (eu não quero acreditar nisso). Prefiro pensar que ela também mantém uma pequena esperança de que eu, de fato, ligue. Sei que ela imagina como seria nosso encontro tanto quanto eu. Sei que a gente não vai conseguir se explicar muito com palavras e os beijos logo vão entrar em cena. E eu teria tanto a explicar... Sei que pode até ser que passemos a noite juntos. Gosto quando ela acorda com o cabelo no rosto e sorri. Gosto da possibilidade de poder encontrá-la, talvez seja por isso que eu não seja capaz de ligar. Gosto desse "talvez" que existe entre nós. Esse "talvez" ainda nos deixa, de alguma forma, juntos. Tenho medo de encontrá-la e de que seja a última vez. Não suportaria a ideia de não poder contar com a remota chance de tê-la por perto. Gosto de vê-la ao longe, linda, sem saber que aquele amor, gritado da janela do 6º andar, nunca deixou de existir.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Eu sei das histórias porque me contaram, eu não estava lá pra ver. E não lembro de quase nada do tempo que estive. Eu sei que, desde criança, ele sempre foi muito esperto, muito inteligente. Que aprendeu a ler bem pequenininho e era loirinho. Eu soube que já passou por alguns sustos quando menino, dentre eles, um cachorro, com sua pata grande, machucou seu rostinho bem próximo ao olho. Eu lembro vagamente do tampão no olho, mas a cicatriz, embora bem mais amena, ainda existe. Da infância, eu lembro pouco, porque quando eu comecei a guardar memórias, ele já estava na fase da adolescência, e eu, sendo mais nova, era só uma chata que queria atenção. Apesar das muitas diferenças, nítidas até na cor dos cabelos, eu sempre tive muito orgulho e admiração por ele. Passada a fase da adolescência de ambos, veio a fase adulta. Foi então que pude conhecer melhor aquele que me viu crescer. Conheci sua determinação, seus medos, suas conquistas, seus segredos, sua generosidade, sua preocupação, seu caráter, sua capacidade, suas tristezas, suas alegrias, suas angústias, seu coração. E eu sei que não o conheço por inteiro, ainda bem! Isso significa que ainda temos muito a viver juntos. Há quase 27 anos, eu tenho o prazer de tê-lo em minha vida. Há exatos 32 anos, ele veio para fazer a diferença, para aprender, para ensinar e para conquistar. Ele sabe que os meus votos de felicidades são eternos, mas hoje, especialmente hoje, eu deixo algumas poucas palavras apenas para reiterar. Desde sempre e para sempre: meu orgulho, minha admiração e minha gratidão por você, meu irmão. Feliz aniversário!

terça-feira, setembro 29, 2009

Não tem ressentimento
Pois contigo aprendi
Que desse amor não podemos fugir
Cartas sobre a mesa não podemos negar
Nada é perfeito, mas eu quero é jogar...

Justo agora, depois de tanto tempo, ele resolveu falar com ela. Justo agora, depois de tudo que aconteceu, ele resolveu pedir desculpas, encontrá-la, perguntar se algo mudou. Justo agora, ele percebeu o quanto aquele amor era verdadeiro. Justo agora, justamente agora, ele descobriu que ela mudou, se mudou, partiu, partiu-se ao meio. Justo agora, que ela já não está mais ali, onde sempre esteve.

Aonde você mora?
Aonde você foi morar?
Aonde foi?
Não quero estar de fora, aonde está você?
Eu tive que ir embora, mesmo querendo ficar
Agora eu sei
Eu sei que eu fui embora e agora eu quero você de volta pra mim...

segunda-feira, setembro 28, 2009

Apelo, súplica, desabafo.
Já disse uma vez, aqui nesse blog, que o mundo perfeito é aquele no qual não existe dor de cabeça. Cá estou para reiterar tal afirmação e, meu Deus, pedir ajuda! Antes que digam que não me cuido, alto lá! Atualmente, estou fazendo um tratamento para enxaqueca. No início, em abril, tudo parecia correr bem, de fato, as crises diminuíram, e os fatores, que antes eram nítidos para causar a dor, passaram a ser bem poucos. Entretanto, de uns tempos pra cá, as dores têm sido muito comuns e intensas, estranhamente, apenas nos finais de semana (antes, não havia hora e nem dia para a dor aparecer). Já estou com retorno marcado com o meu atual neurologista e, das duas uma, ou ele muda o tal tratamento ou eu procuro outro médico (opção bem mais provável). Já fiz eletros e tomografias e nada de anormal apareceu. Já tentei acupuntura e não surtiu muito efeito. Enganou um pouco, mas não por muito tempo. Remédios já não me fazem nenhum efeito. Muitas vezes, eles nem param no meu estômago. Já perdi as contas das vezes que fui ao hospital, tomei injeção e a dor não cessou. De uns tempos pra cá, passei a praticar exercícios físicos (hidroginástica - já que qualquer exercício que me faça correr me deixa com dor de cabeça e musculação é entediante) e, pasmem, controlar a alimentação. Chocolate, frituras, queijos, sorvetes (que amo) e afins são quase que raros para quem, antes, não tinha nenhum controle. Bebidas alcoólicas nunca foram muito do meu agrado (exatamente por conta das crises consequentes de um gole ou outro), mas agora elas estão todas completamente nulas na minha pouca vida boêmia. Um dos fatores mais comuns para gerar enxaqueca, o hormonal, também foi controlado e, nem assim, sou poupada da dor no final de semana que, supostamente, era para ser bom. Enfim, cheguei a tristes conclusões: ou eu preciso de uma cabeça nova, ou nascer de novo, ou, ainda, viver em uma bolha. Tudo o que eu mais queria era poder correr, caminhar sem medo de ter crise. Tomar uma taça de vinho sem preocupação, planejar o fim de semana sem receio de ser acometida com a dor. Eu estou em desespero, mesmo.
Para quem não sabe o que eu passo, tente ter uma ideia com o texto abaixo. Só quem tem essa dor pode entender. Não há nada que me deixe mais triste do que ver as pessoas ao meu redor irritadas e impacientes quando estou com dor. Pior é ouvir: “mas está com dor DE NOVO? Tem que ver isso!”, como se eu quisesse estar com dor e não procurasse uma solução. Acho que é mais do que óbvio que eu não sinto dor porque quero. Há quem diga que tal dor possa ser de cunho emocional, psicológico ou qualquer outra coisa que envolva sentimentos. Tá, tudo bem, e a Adriana faz o quê mesmo? Sugestões e conselhos são aceitos.

A enxaqueca é um desequilíbrio químico no cérebro, envolvendo hormônios e substâncias denominadas peptídeos. Esse desequilíbrio resulta de uma série de outros desequilíbrios neuroquímicos e hormonais, decorrentes do estilo de vida e hábitos do portador da doença, e também de uma predisposição genética. O resultado é uma série de sintomas, que podem ir muito além da dor de cabeça. Por sinal, existem casos de crises de enxaqueca sem, ou com pouca dor. Geralmente, porém, a dor de cabeça é o sintoma mais dramático da enxaqueca e sua intensidade, apesar de variável, na maioria dos casos, é de moderada a severa.
A dor pode ser latejante (pulsátil), em peso, ou uma sensação de "pressão para fora", como se a cabeça fosse explodir.
A localização da dor pode variar de crise para crise; raramente dói sempre no mesmo lugar. A dor pode ocorrer em qualquer lugar da cabeça, inclusive na região dos dentes, dos seios da face e da nuca, dando origem à confusão com problemas dentários, de sinusite e de coluna.
Os demais sintomas da enxaqueca compreendem náuseas (enjoo), vômitos, aversão à claridade, ao barulho, aos cheiros, hipersensibilidade do couro cabeludo, visão embaçada, irritabilidade, flutuações do humor, ansiedade, depressão (mesmo fora das crises) e lacrimejamento. Um indivíduo não precisa apresentar todos esses sintomas para ter enxaqueca. Normalmente, apresenta alguns deles, em graus variados.
A duração de uma crise de enxaqueca é, tipicamente, de 3 horas a 3 dias, seguida de um período variável sem nenhuma dor. Pode ser precedida por uma alteração do humor (euforia, em alguns casos, depressão e irritabilidade, em outros) e do apetite (vontade de comer doces ou perda de apetite), visão embaçada, visão dupla, escurecimento da visão (cegueira parcial) de um ou ambos os olhos, e sensação de estar vendo pontos brilhantes, como se fossem vaga-lumes. Dentre outros sintomas, estão incluídos diminuição da força muscular de um lado do corpo, formigamentos, tonturas como se fosse labirintite, obstrução nasal, tensão nos músculos da nuca e dos ombros, diarreia, podendo também ocorrer as manifestações visuais já descritas.
Um indivíduo não precisa ter todos esses sintomas para ser diagnosticado como apresentando enxaqueca, porém alguns deles, como as náuseas e/ou a aversão à claridade/barulho são tão comuns que chegam a ser quase obrigatórios para o diagnóstico.
A frequência da dor é muito variável, podendo ser desde uma vez na vida, até todos os dias, e até várias vezes ao dia, no caso da cefaleia em salvas.
A dor pode ser muito forte, a ponto de impedir o indivíduo de exercer qualquer atividade, obrigando-o a ficar deitado, num quarto escuro, em silêncio, durante horas ou dias. O paciente torna-se muito irritável, preferindo ser deixado sozinho.
Boa parte das crises termina com o sono, ou então quando a pessoa vomita (principalmente as crianças). Ao fim de uma crise, o paciente sente-se como se estivesse de ressaca, apresentando, por mais de um dia, tolerância limitada para atividade física e mental.
A enxaqueca não é só uma dor de cabeça, mas uma série de sintomas, dentre os quais, a dor.
Um deles, em particular, ocorre em 10 a 15 em cada 100 enxaquecosos (nome dado aos portadores de enxaqueca), e recebe o nome de aura de enxaqueca. Aura, nesse caso, é no sentido de premonição. O indivíduo começa, de repente, a apresentar alucinações visuais: ele vê luzinhas, "estrelinhas", "vaga-lumes" piscando no seu campo visual, ou então enxerga linhas em zigue-zague, tremeluzentes, que vão aumentando em tamanho e atrapalhando a visão, ou uma perda progressiva da visão, bastante peculiar, no sentido que a pessoa passa a enxergar apenas uma parte dos objetos. Ao olhar para um rosto, ela pode enxergar apenas meio rosto, e assim por diante. Os objetos podem dar a impressão de aumentar ou diminuir de tamanho, e, nesse caso, a pessoa pode esbarrar nas portas. A sensibilidade pode se alterar, com formigamentos na metade da língua, e/ou lábios, e/ou um dos membros superiores e/ou inferiores. A fala pode ficar "pastosa", a pessoa pode não se lembrar das palavras mais comuns.
Todo esse fenômeno de aura dura entre 20 minutos e uma hora, após o que, ela vai regredindo. Assim que a aura passa, a dor de cabeça, tipicamente, começa. Daí o termo aura, premonição. Acontece que algumas pessoas podem ter episódios apenas de aura, sem a dor de cabeça, daí a enxaqueca sem dor de cabeça. A desinformação reinante sobre o assunto deve ter sido responsável por muitas mortes e acidentes no trânsito.
A frequência da enxaqueca varia de indivíduo para indivíduo. Alguns casos são mensais, outros anuais, e outros ainda, de 2 a 4 vezes por semana, e até todos os dias!
Um dos maiores problemas da enxaqueca é que ela pode ser desencadeada por uma série de "gatilhos", tornando a pessoa tanto mais vulnerável a saídas da rotina, quanto mais agravada estiver a sua doença. Sair de casa em dias muito claros, frequentar lugares aglomerados (ex: feiras, shopping), passar por emoções mais fortes (não apenas situações de contrariedade, mas também situações inusitadamente boas), acordar mais tarde que de costume, dormir durante o dia, atrasar refeições, beber uma simples taça de vinho, comer certos pratos como salsicha, alimentos muito gordurosos, queijos amarelos, chocolate, sorvete e até algumas frutas (só para mencionar alguns desencadeantes), ainda que em pequena quantidade, já pode ser suficiente para desencadear 3 horas a 3 dias de muita dor e outros sintomas.
Até exercícios físicos fora da rotina do indivíduo podem desencadear crises. A pessoa se sente como se precisasse viver dentro de uma bolha!

Texto extraído (e adaptado) do site: enxaqueca.com.br

quinta-feira, setembro 24, 2009

Dizem que quem tem vários estilos, na verdade, não tem nenhum. Sinceramente, eu não concordo nem um pouco com essa constatação. Essa história de usar sempre as mesmas roupas, ir sempre aos mesmos lugares, comer sempre o mesmo tipo de comida, usar sempre o mesmo penteado, escutar sempre as mesmas músicas, pedir sempre o mesmo sabor de pizza, definitivamente, não é comigo. Sou completamente adepta da liberdade de um dia usar brinco de pena, no seguinte, uma joia bem delicada. Assim como adoro rasteirinhas, acho pra lá de bonito um salto alto. Experimento todos os tipos de comida, gosto de praticamente tudo, mas dobradinha é algo que, por mais que eu já tenha tentado, não desce. Adoro música, tenho minhas preferências, mas não recrimino nada e nem ninguém. Tudo depende da hora e do lugar. É importante saber a diferença entre o versátil e o volúvel. Versátil é quem se adapta a tudo de novo que acontece ao redor, tratando de tirar o melhor de cada coisa. Volúvel é quem não sabe o que quer, e entra nas novas ondas só para fazer volume, sem nem fazer ideia do que se trata - assim que a moda muda, a pessoa também muda. Bacana é saber se divertir tanto em uma roda de samba, quanto em um show de rock. Você pode até não gostar, mas não custa ir uma vez para saber como é. Bom é ter liberdade para fazer suas escolhas, sem ficar preso a 'regras' que você mesmo criou só para reiterar sua suposta personalidade. Liberdade de escolha é diferente, bem diferente, de deslealdade. Interessante é estar disposto a conhecer o novo, caso não goste, pelo menos, você pôde experimentar e, assim, dizer com propriedade do que gosta e do que não gosta. Bacana mesmo é respeitar as diferenças e, principalmente, saber conviver com elas. Opiniões, princípios e hábitos todos temos, é só respeitar os alheios. (Continua...)

quarta-feira, setembro 23, 2009

Dia sem carro? O que é isso?
Teoricamente, ontem, dia 22 de setembro, foi o tal do Dia sem Carro. Em Campinas, pelo menos, o que mais tinha nas ruas era carro. Uma porção deles. Eu, que demoro, no máximo, 15 minutos do trabalho para casa, demorei mais que o dobro do tempo para fazer o mesmo trajeto de todos os dias. Eu tinha a nítida impressão de que mandaram evacuar Campinas e ninguém me avisou. Eu via o mesmo sinal abrir e fechar por, no mínimo, cinco vezes. Os fatores que contribuíram para esse caos foram vários (e sérios). A começar pela chuva. Se eu puder optar por não tomar chuva, com certeza optarei. Se eu tenho como ir de carro, eu vou de carro (pelo menos em Campinas, onde não há metrô). Não só eu, pelo visto. Além das chuvas, as ruas de Campinas, as principais avenidas, por sinal, estão repletas de obras para suposta melhoria. Ou seja, faixas interditadas e lentidão garantida. Pensem comigo: chuva + obras é uma combinação linda. Agora, acrescente um galho gigantesco de árvore que resolveu cair de um lado de uma Avenida movimentadíssima (com obras, claro) e que teve que ser fechada por 7 horas para que o Corpo de Bombeiros retirasse o dito do galho e podasse a árvore. E, para completar, o fator mais grave e chocante: um latrocínio, às 10 horas da manhã, no semáforo (pelo qual passo todos os dias, diga-se) em um cruzamento com a mesma Avenida das obras e do galho. Desesperador. Devo dizer que tudo isso é no caminho de minha casa e, sim, eu passei terríveis minutos dentro do carro, cantando o mantra "eu não vou ficar louca". Hoje, 23 de setembro, o trânsito está muitíssimo parecido com o de ontem. Espero, de coração, que as razões para tamanha lentidão sejam apenas as obras, a chuva e algum galho rebelde. Campinas sitiada.
Aviso: um post pessoal, só pra variar. Ainda dá tempo de clicar no X lá em cima.
Já não é de hoje que eu tenho pensado em uma porção de coisas das quais eu gosto "mais". Todo mundo gosta mais disso e desgosta ainda mais daquilo. Todo mundo tem preferências e gostos, graças a Deus, bem diferentes. Você pode detestar o que eu gosto e não é difícil que discordemos de algo, certo?
Eu poderia passar horas e horas escrevendo tudo o que eu gosto, mas vou ser breve, afinal, eu não posso sair contando tudo, assim, de mão beijada, ? Gosto das coisas simples, acredite, nada muito difícil de encontrar. Vou escrever tudo a esmo, de uma maneira aleatória, sem regras cronológicas.
Gosto de dormir com o barulho da chuva e também acordar com ele, mas apenas nos dias em que eu não preciso sair na chuva, é claro. Porque chuva é bem-vinda quando você está em casa, convenhamos. Caso contrário, o trânsito também passa a ser conhecido como caos e o seu cabelo fica com um aspecto bo.ni.to.
Sou apaixonada por chocolate, seja onde for, como for e quanto for. Adoro sorvete de flocos, meu preferido e, ainda na culinária, sou fã incondicional de comida japonesa (desde sempre, não é consequência dos últimos meses, sim?).
Tenho uma paixão incontida por praças. Acho-as lindas, aconchegantes e nostálgicas.
Gosto muito de piscinas. Gosto de água, em um modo geral, mas piscina é meu encanto.
Completamente apaixonada por livros. Logo, a leitura é um dos meus amores. E a escrita, claro. Essa vem no pacote.
Gosto bastante de dirigir (com muitas restrições, confesso, mas que eu gosto, eu gosto).
Gosto de cores, a maioria delas.
Preciso fazer as unhas semanalmente. Já passou de gosto para hábito. Eu me desdobro inteira com meus horários, mas não falto a esse compromisso semanal.
Adoro receber flores (mas a parte do 'cuidar' eu deixo a desejar - shame on me -, e isso também vale para os animais de estimação - shame on me again!)
Adoro MPB, mas gosto muito de alguns cantores internacionais.
Sorrisos me encantam, bom humor é fundamental. Mas não aquele humor exagerado, incoveniente. Gosto de gentileza e otimismo.
Amo viajar, ainda mais quando for para encontrar pessoas queridas do meu coração. Melhor ainda, quando viajo na companhia delas.
Fico muito feliz quando me pedem ajuda, quando confiam algo a mim, quando demonstram o que sentem. Gosto de ouvir, embora nem sempre eu tenha (ou saiba) o que dizer.
Há muitas e muitas e muitas coisas que eu ainda poderia mencionar, mas eu também gosto (e tenho que) dormir bem para acordar no horário. Talvez eu faça uma continuação desse post, ou algo do tipo: gosto-mas-tenho-vergonha, e até mesmo um outro post sobre o que eu não gosto.
Ou não.
Aliás, esse post é sem nenhuma razão de ser.

terça-feira, setembro 22, 2009

Ela sempre foi linda e por onde passasse despertava atenção, de homens e mulheres. Por favor, me vê um copo. Gostava de unhas vermelhas, acessórios e sapatos. Extrovertida, dona de olhos lindos e sorriso contagiante. Não ligava muito para essas coisas de romance, na verdade, porque era tímida com coisas do coração. Alguém tem isqueiro? Brigada. Era virgem até. Tinha uma porção de amigos, dentre eles, muitos homens, mas ela sempre era amiga mesmo, embora muitos não descartassem a possibilidade de um 'algo mais'. Ela tinha um amigo quase irmão. Filha única, se apegava fácil. No que dizia respeito à amizade, eu digo, porque ela nunca foi muito ligada em paixão. Sim, pode encher o copo. Até que ela arrumou um namorado. Um daqueles amigos, sabe? Acabou virando o namorado. Já se conheciam há um bom tempo, eram amigos, ? Mas depois que ele passou do posto de amigo para namorado, as coisas começaram a ficar confusas. Ele passou a implicar com o esmalte vermelho, a marca registrada dela. Dizia que não era preciso, que ela não precisava disso pra ser destaque. Daí, ela, que não entendia muito dessa coisa de amor, tentava explicar que ela usava porque gostava, sempre gostou, e não porque queria ser destaque. Ele continuava implicando. Ela passou a alternar as cores, mas não deixou de lado o esmalte vermelho. Mas sabia que quando passasse, ele ia brigar. E brigava feio. Oi? Não, brigada, só vou beber mesmo. Ele também passou a implicar com os decotes que ela usava. E olha que ela nem precisava se esforçar muito para deixar decote, a genética não negava. Justo o decote, que antes, como amigo, ele sempre elogiava. Mas, como namorado, ele tinha mudado de ideia, tinha que ser blusa discreta. Ela, que sempre gostou de unhas vermelhas e decotes, passou a deixá-los um pouco de lado, tudo pelo tal amor. Alguém disse que quando a gente ama tem que abdicar de algumas coisas, ? Então ela passou a usar menos, mas não abandonou de vez nem o esmalte e nem o decote. Mas toda vez que usava um ou outro (ou, pior, os dois juntos) era cravada uma briga (muito mais da parte dele, porque ela nem respondia, ela não sabia brigar). Então, começaram as implicâncias com os amigos, veja só. Por favor, tem mais cigarro aí? Ele implicava até com aquele amigo irmão, que ele já conhecia há muito tempo, afinal, eles também eram amigos. Por que é que você fala com ele todo dia? Quem te ligou? Onde você tá? Quem te deu isso? Sair sozinha? Só rindo, ? Não tem uma roupa mais discreta, não? Engraçado que ele a conheceu usando esmalte vermelho, decote e cheia de amigos, agora achava que tinha que ser diferente, que já não era mais conveniente tudo isso em sua namorada. Como amiga, tudo bem. Como namorada, não. Por favor, traz mais uma dose. Ele pediu para que ela não tivesse mais amigos, e foi aí que ela parou para pensar. Quem era ela agora? Sem esmalte vermelho, sem decote e sem amigos. Além disso, o brilho nos olhos tinha ido embora, muitos já diziam. Fecha pra mim? Então, ela, que nunca entendeu muito de amor, mas achava que tinha alguma coisa errada nessa história, resolveu guardar esse suposto amor em uma gaveta de bugiganga no armário. Ela concluiu que o amor é egoísta. Pelo menos esse tal amor que ele dizia sentir por ela. Porque ele não parecia amá-la, só queria mudar as coisas para que ela ficasse 'amável'. Pode ficar com o troco. Assim, ela voltou a ser aquela mesma menina linda, de sorriso bonito, olhos brilhantes e esmalte vermelho. Ele passou a ser ex-namorado e ex-amigo. Ele ficou bravo, claro. Dizem por aí que ele andou falando que já não a reconhece mais, que ela mudou muito.

sexta-feira, setembro 18, 2009

Ela gostava do seu coração acelerado cada vez que saía de casa para encontrá-lo. Gostava daquela sensação e ficava mais satisfeita ainda quando o via chegando perto de seu carro. Ela gostava do modo como se olhavam, da ingenuidade que cercava aquele relacionamento tão confuso. Gostava dos olhares, sorrisos e beijos trocados. Sorrisos que, juntos, pareciam deixar de lado qualquer problema que pudesse existir. Deixava de lado até mesmo a impossibilidade de ficarem juntos, de saírem pelo mundo, à toa, sem que fosse necessário explicar nada a ninguém. Ela gostava até mesmo da espera pelo telefonema dele. Gostava da saudade e da ansiedade que a ausência daquele garoto tão especial lhe causava. Gostava de fazer sempre o mesmo caminho para encontrá-lo e de ouvir declarações sinceras. Sem muita alarde, a vida acabou por afastá-los, embora estivessem sempre ligados de alguma maneira. O amor nunca havia acabado, apenas tinha sido guardado, deixado para mais tarde. Duas vidas tão desencontradas, mas que estavam juntas ainda que em pensamento. E isso é puro romance.

Eu tenho um barco para navegar
As água turvas de uma paixão
E uma rede pra gente deitar
A noite inteira de papo pro ar
Pra você sonhar
E não ter medo do amor
Pra você guardei
Do melhor desse lugar
Veja só, minha menina
O amor se escondeu
Numa estrela tão brilhante
O amor se escondeu
Eu tenho um plano pra gente fugir
De tudo isso e não olhar pra trás
Por uma estrada onde ninguém nos vê
Do horizonte que não tem mais fim
Pra você sonhar
E não ter medo do amor
Pra você guardei
Do melhor desse lugar
Veja só, minha menina
O amor se escondeu

O amor se escondeu - Papas da Língua [part. Paula Toller]

segunda-feira, setembro 14, 2009

Acordei com o barulho da chuva, do vento, dos pingos pesados batendo na janela, dos trovões. Acordei assustada, ainda estava escuro, pensei que ainda faltasse, pelo menos, uma hora até o despertador tocar. Apenas 10 minutos. O quarto estava escuro e ao abrir a janela percebi que o que estava escuro mesmo era o céu, o dia, a semana. Tentei voltar a dormir os minutos restantes, mas eu só sabia procurar por você. Seu lugar na cama estava vazio, eu não encontrava o seu abraço e tampouco o seu bom dia tão amável. Lá fora, a chuva caía sem trégua e eu não sabia mais onde procurar por você e pela coragem de encarar o temporal. Os dias seguiram cinzas. A chuva fez estragos por toda a cidade, pelo país. Eu já estava quase esquecendo o azul do céu, quando uma nova semana se iniciou. A chuva, por fim, estiou, o sol voltou, o ânimo saiu do esconderijo.
Se eu sei, por exemplo, que vou encontrá-lo na sexta, desde a segunda eu já sou feliz.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Há quantos anos eu não via seu rosto... Você estava tão linda. Eu lembrava daquela menina, das nossas voltas sem rumo, dos beijos escondidos. Lembrava de você tão assustada, mas tão encantadoramente atraente. Eu lembro das muitas besteiras que fiz, das lágrimas que vi você deixar escorrer, das tantas vezes que fui embora, muitas vezes, sem ao menos me despedir, das nossas declarações. Lembro que você ainda me ligava, às vezes, só para saber como eu estava e eu não fui capaz de te ligar nem sequer dez vezes ao longo desses sete anos. Eu sempre pensei em você, sempre a mantive no meu coração, embora nossa história nunca tenha tido um momento de calmaria. Pensar em tudo que se passou, que se pôde sonhar e não realizou... Depois de tanto tempo fora da cidade, eu já podia imaginar que, ao voltar, eu a encontraria. Eu também sabia que você saberia da minha volta, mesmo não falando comigo há tanto tempo. Eu voltei, mas já pensando em ir embora. Eu voltei, mas não voltei sozinho. Eu voltei e te procurei em meus pensamentos, alimentando um desejo incontido de encontrá-la mais uma vez. E lá estava você. Em meio ao abarrotado de pessoas, ao som de um dos meus cantores favoritos, de alguma maneira, eu senti sua presença e olhei pra trás. Foi quando eu só pude ver você, dançando e sorrindo. Aquele mesmo sorriso da menina assustada que conheci. Eu queria te olhar, precisava ser discreto, mas você também me viu. E eu só consegui sorrir. Eu queria sair de lá e correr ao seu encontro. Abraçar, beijar, ter a prova de que era real. Mas eu não podia! Justamente eu, que sempre fui livre, que sempre fui e voltei para onde bem entendesse. Eu estava a cinco passos de você, mas só pude olhar. Em um momento de distração, você desapareceu. Eu ainda a procurei com os olhos em todos os rostos ao meu lado, mas fui indagado por conta da minha aflição. Tenho a impressão de tê-la visto ao longe, indo embora, mas eu estava com as mãos atadas. Por favor, apareça para tirar minha vida do lugar! Apareça para que eu possa ir embora dessa cidade, de novo, em paz, com você.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Você é tudo e muito mais
Tudo e muito mais
O que sou capaz é muito pouco, eu sei
Você faz tudo muito bem,
Não se compara a ninguém
E então faça de mim o seu bem-me-quer
Faça de nós tudo o que quiser
Você faz tudo muito bem,
Não se compara a ninguém
Porque anos atrás

Você tocou meu coração
E me amou, mas aprendi (mas aprendi)
Tudo na vida
Tem o seu princípio e fim
E se, ainda assim,

Você quiser, eu vou estar, onde estiver
A felicidade (a felicidade) é uma janela aberta
À espera de alguém
Que esteja a fim.

Você é tudo (Mano Borges)

segunda-feira, setembro 07, 2009

Um dos poucos e-mails que valem a pena repassar.
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele aguenta.
9. Poupe para aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia de como é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e de mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante, depois deixe-se levar pela maré.
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você.
26. Encare cada "suposto desastre" com essas palavras: em cinco anos, isso vai importar?
27. Sempre escoha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Independentemente de a situação ser boa ou ruim, ela irá mudar.
32. Não se leve tão à sério. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Deus é, não pelo que você fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que a alternativa de morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como você se sinta; levante, se vista e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente.

quarta-feira, setembro 02, 2009

(...) Ela também pediu que a perdoasse. Pelos momentos de besteira e insegurança, mas, sobretudo, pelos momentos em que ela cometesse algum erro. Pediu que não se desencantasse, que não se decepcionasse, que a ajudasse a ser uma pessoa melhor.





[não é a insônia, é o desejo de escrever]

As pessoas erram, sim. As pessoas podem decepcionar, sim. As pessoas podem ser egoístas, sim. As pessoas amam, sim. As pessoas pedem perdão, sim.

Sim.

terça-feira, setembro 01, 2009

Ela nunca pediu muito, só um pouco de muita coisa. Ela só queria carinho e respeito. Afeto e abrigo. Pediu que demonstrasse o que sentisse, que dissesse tudo o que lhe viesse à boca e que a abraçasse bem forte e depois desse um beijo, terno e carinhoso. Ela pediu que fosse a única mulher na vida dele, que ele pensasse nela e sentisse saudade. E que quando a encontrasse, abrisse um sorriso lindo, daqueles que não precisam de mais nenhuma palavra. Pediu que dormissem juntos, que ele conhecesse seu corpo e não reparasse nas pequenas coisas. Pediu que fizesse algumas surpresas, dessas que nem sequer é preciso gastar dinheiro. Aliás, ela acreditava pedir coisas simples, nada que se pudesse comprar. Ela pediu apenas que a compreendesse, que a apoiasse, que fosse amigo, mas amante, especialmente. Ainda pediu um pouco de ciúmes, porque ela achava uma graça quando ele tentava esconder esse sentimento. Pediu que ele tirasse o cabelo dela do rosto, que fizesse carinho, que não sentisse vergonha por ela e não a julgasse. Ela pediu que ele soubesse cozinhar e que tivesse uma risada despretensiosa. Pediu, enfim, que não a esquecesse, nem durante e nem depois. Em meio a tantos pedidos, foi-lhe dado uma única coisa, algo que ela não poderia pedir, mas conquistar: o amor. Então ela não precisou mais pedir, só sentir.

quinta-feira, agosto 27, 2009

(Porque hoje tinha que ser uma letra de música. Essa música.)


Do you hear me? I'm talking to you
Across the water, across the deep blue ocean
Under the open sky, oh, my baby, I'm trying

Boy, I hear you in my dreams
I fell your whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard

I'm lucky, I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again

They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I wait for you, I promise you, I will

I'm lucky, I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
I'm lucky, we're in love every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music, feell the air
I put a flower in your hair

And though the breeze is through the trees
Move so pretty, you're all I see
As the world keeps spinning round
You hold me right here, right now

I'm lucky, I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
I'm lucky, we're in love every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday


Lucky (feat. Colbie Caillat) - Jason Mraz

quinta-feira, agosto 20, 2009

Sim, eu ainda respiro.

A demanda de trabalho está grande e a lentidão do meu computador também. Assim, devo dizer que ando tendo dificuldades para deixar algo, além de letra de música, registrado por aqui.
Sem muita inspiração para escrever contos, casos e acasos, nos quais eu preciso pensar em nomes neutros e distorcer alguns fatos para não ficar nada muito específico, decidi que vou escrever sobre a vida real. Hoje, em especial, escrevo sobre (e, sobretudo, para) as minhas amigas e suas histórias mirabolantes. Não é difícil constatar que eu estou me referindo ao amor. Melhor, à falta dele e às várias formas de desamor que uma pessoa pode vir a se deparar ao longo dessa vida severina.

Traição. Constatada, suspeita ou flagrada – é ela a principal vilã da história. Seja antes do casamento (que já estava marcado), depois de menos de um ano de casados, ao longo de dois anos de uma tentativa de namoro, no decurso de cinco anos de namoro, no final dos quatro anos de relacionamento (com supostos planos futuros), no período de experiência da relação: três meses. Não importa o tempo, o fato é que em algum momento surgiu uma terceira pessoa e o colega de duas cabeças sucumbiu à tentação. Alguns estão com a outra pessoa até hoje. Alguns parecem felizes, outros mostram arrependimento. Algumas das traições foram até perdoadas(?), mas a desconfiança reinou e, sinceramente, sem confiança não há como existir uma ligação entre duas pessoas.
Porque o amor é como fogo, se rompe a chama, não há mais remédio.
Eu não estou aqui para defender e nem tampouco julgar alguém. Entretanto, em particular com relação aos casos citados, eu sustento um eterno sentimento de incompreensão. É tão injusto machucar alguém que nunca lhe fez nenhum mal, ao contrário, sempre procurou fazer o bem. É injusto gastar o tempo de alguém, que só busca a felicidade, e depois ir embora, deixando a outra pessoa em frangalhos, sem saber o porquê de tal atitude. Homens ou Mulheres, pouco importa, egoísmo não tem gênero definido (embora seja masculino).

Dan: Eu me apaixonei por ela, Alice.
Alice: Oh, como se você não tivesse opção! Tem um momento, sempre existe um momento, eu posso fazer isso, eu posso entrar nisso, ou posso resistir a isso, e eu não sei quando seu momento foi, mas eu aposto que teve um.

(...)

Dan: O que faz quando não ama mais?
Alice: "Eu não te amo mais, adeus!"
Dan: E se você ainda ama?!
Alice: Não vai.
Dan: Nunca abandonou ninguém que ainda amava?
Alice: Não!

[ Diálogos extraídos do filme "Closer" (2004) ]

quinta-feira, agosto 13, 2009

There's no combination of words I could put on the back of a postcard
No song that I could sing but I can try for your heart
Our dreams and they are made out of real things
Like a shoebox of photographs with sepia-toned loving
Love is the answer at least for most of the questions in my heart
Why are we here? And where do we go? And how come it's so hard?
It's not always easy and sometimes life can be deceiving
I'll tell you one thing, it's always better when we're together
Humm... it's always better when we're together

Yeah we'll look at the stars when we're together
Well it's always better when we're together
Yeah it's always better when we're together
And all of these moments just might find their way into my dreams tonight

But I know that they'll be gone when the morning light sings
Or brings new things for tomorrow night you see
That they'll be gone too, too many things I have to do
But if all of these dreams might find their way into my day to day sceneI'd be under the impression I was somewhere in between
With only two, just me and you, not so many things we got to do
Or places we got to be we'll sit beneath the mango tree now
Yeah it's always better when we're together

Humm.. we're somewhere in between together
Well it's always better when we're together
Yeah it's always better when we're together
I believe in memories they look so, so pretty when I sleep

And now when, when I wake up you look so pretty sleeping next to me
But there is not enough timeAnd there is no song I could sing
And there is no combination of words I could say
But I will still tell you one thing
We're better together

Better together - Jack Johnson

sábado, agosto 08, 2009

My! My! Time flies!
One step and we're on the moon,
next step into the stars
My! My! Time flies!
Maybe we could be there soon,
a one way ticket to Mars
My! My! Time flies!
A man underneath a tree,
an apple falls on his head
My! My! Time flies!
A man wrote a symphony, it's 1812
My! My! Time flies!
Four guys across abbey road,
one forgot to wear shoes
My! My! Time flies!
A rap on a rhapsody,
a king who's still in the news,
a king to sing you the blues
My! My! Time flies!
A man in a winter sleigh,
white white white as the snow
My! My! Time flies!
A new day is on its way,
so let's let yesterday go
Could be we step out again
Could be tomorrow but then,
could be 2010
[My! My! Time flies! - Enya]

terça-feira, agosto 04, 2009

Olheiras, cabelo com vontade própria, barulho, falhas, bruxaria, vazamento e lagartixa.
Porque há dias em que tudo acorda do avesso e vai dormir de ponta cabeça.

sexta-feira, julho 31, 2009

Eu, que sempre tive o desamor como inspiração, acabo por me surpreender com a vontade de escrever sobre o amor. Amor no sentido mais doce e puro. Eu, que nunca imaginei que pudesse me apaixonar tão intensamente, preciso controlar o sorriso incontido no rosto para que não me julguem muito boba. Mas, por você, eu não hesito em deixar explícita a minha paixão, o meu sentimento mais verdadeiro e intenso. E não me importa que saibam do meu estado de graça. É começo, mas não é precipitado dizer que quero você em minha vida por muito tempo. Você me encantou e tirou todas as minhas defesas. Eu, que já não sabia mais se acreditava no amor, só consigo pensar em estar ao seu lado. E eu só tenho que te agradecer por isso. Mas eu gostaria de fazer um pedido: por favor, não queira descer das nuvens. Você não está sozinho. Eu estou segurando sua mão e, agora, não quero mais me ver sozinha, sem você.

quinta-feira, julho 30, 2009

- Amor… Acabou. Tô de saída.
Nossa, tomara que não esteja chovendo muito.



- Hein?
De saída? Meu Deus, ela está me deixando?



- Acabou, amor.
Será que esse dinheiro é o suficiente para o táxi?



- Como assim?
Como acabou? Não, não pode ser!

- Acabou, chegou ao fim. Acabou acabado, não sobrou nada!
Acho melhor colocar sapatos fechados, a chuva parece forte.

- Mas, assim? Do nada?
Ela está tão calma... Cadê aquela mulher que me amava?

- Não, não foi do nada. Foi acabando aos poucos.
Ah, não, não vou trocar os sapatos, senão tenho que trocar a blusa também.

- Aos poucos? Defina ‘aos poucos’.
Quando será que tudo começou?

- Aos poucos... Em doses homeopáticas, um gole por dia. E acabou. Agora acabou de vez.
Hummm... Acho melhor pegar mais dinheiro, talvez eu gaste mais do que o previsto.

- Mas... Não, meu amor... Não! Não pode ser!
Meu Deus, e por que é que ela não me falou nada antes?

- Claro que pode... A maioria das coisas tem um fim, e esse era mais do que natural.
Ih, vou ter que passar no cartão.


- Natural?
Um fim assim é natural?

- Natural, sim... Nós dois sabíamos que isso ia acontecer.
Onde foi parar meu cartão?

- NÃO! Eu não sabia!
Meu Deus! Ela parece tão tranquila! Fica pra lá e pra cá, mexendo na bolsa, arrumando o cabelo e parece não se importar com a minha agonia!

- Como não? Eu também tive participação, mas você foi o maior responsável pelo fim!
Achei! Por que ele está tão aflito? É um fim, como qualquer outro!


- Mas eu posso melhorar, eu juro!
Prometo não deixar mais marcas de copo na mesinha!


- Acabou, amor. Isso é fato.
Preciso ligar para a minha mãe, não posso esquecer.


- Mas eu te amo!
Eu amo essa mulher!


- Oh, meu amor, eu também te amo...
Amo tanto...


- Então por que, raios, você está dizendo que acabou?
Se não acabou o amor...


- Porque acabou! Acabou a...



- Gente?

- A gente? Enlouqueceu, amor? Acabou a cerveja. Tô indo comprar mais no supermercado, tá? Me espera pra começar a fazer o almoço porque quero te ajudar! Beijo, lindo!

quarta-feira, julho 29, 2009

Àquela que é a aniversariante da semana...
Eu peço desculpas por todas as preocupações, e por tudo que ainda pode vir, afinal, eu só tenho 26 anos.
Eu peço perdão por todas as decepções que causei, ainda que muitas delas você as trata como frustrações por não levar em consideração que algumas coisas, com o tempo, mudam no mundo.
Eu peço desculpas se, às vezes, eu apresento pouca paciência quando acredito que deveria haver menos drama em algumas situações.
Eu peço perdão por tudo que eu disse e que te magoou, mas você sabe que eu também tenho mágoas.
Eu peço desculpas pelas omissões, mas se as faço é porque não quero piorar a situação. Mas, saiba, eu não gosto de fazê-las.
Eu peço perdão por parecer ingrata em alguns momentos, mas você sabe o quanto eu sou grata e, muitas vezes, talvez não merecedora de tamanha ajuda.
Eu peço desculpas por não ter feito a faculdade que você acredita ser promissora e tampouco não me esforçar muito para trabalhar em algo que você gostaria.
Eu peço desculpas se nem sempre faço o que você gostaria que eu fizesse, mas saiba que eu me abstenho de muita coisa por recomendação sua, só não deixo evidente o tempo todo.
Enfim...
Eu agradeço eterna e imensamente por absolutamente tudo que você já fez por mim e, por mais que possa não parecer, eu sou muito parecida com você, sim, mas nem sempre eu deixo transparecer. Eu agradaço pela educação que a mim foi dada, porque ela reflete toda a sua boa índole.
Eu a parabenizo e, sobretudo, eu a admiro muito.
Mais que tudo, meu amor por você é incondicional. E sei que você só quer o meu bem.

Obrigada, mãe.