sexta-feira, julho 31, 2009

Eu, que sempre tive o desamor como inspiração, acabo por me surpreender com a vontade de escrever sobre o amor. Amor no sentido mais doce e puro. Eu, que nunca imaginei que pudesse me apaixonar tão intensamente, preciso controlar o sorriso incontido no rosto para que não me julguem muito boba. Mas, por você, eu não hesito em deixar explícita a minha paixão, o meu sentimento mais verdadeiro e intenso. E não me importa que saibam do meu estado de graça. É começo, mas não é precipitado dizer que quero você em minha vida por muito tempo. Você me encantou e tirou todas as minhas defesas. Eu, que já não sabia mais se acreditava no amor, só consigo pensar em estar ao seu lado. E eu só tenho que te agradecer por isso. Mas eu gostaria de fazer um pedido: por favor, não queira descer das nuvens. Você não está sozinho. Eu estou segurando sua mão e, agora, não quero mais me ver sozinha, sem você.

quinta-feira, julho 30, 2009

- Amor… Acabou. Tô de saída.
Nossa, tomara que não esteja chovendo muito.



- Hein?
De saída? Meu Deus, ela está me deixando?



- Acabou, amor.
Será que esse dinheiro é o suficiente para o táxi?



- Como assim?
Como acabou? Não, não pode ser!

- Acabou, chegou ao fim. Acabou acabado, não sobrou nada!
Acho melhor colocar sapatos fechados, a chuva parece forte.

- Mas, assim? Do nada?
Ela está tão calma... Cadê aquela mulher que me amava?

- Não, não foi do nada. Foi acabando aos poucos.
Ah, não, não vou trocar os sapatos, senão tenho que trocar a blusa também.

- Aos poucos? Defina ‘aos poucos’.
Quando será que tudo começou?

- Aos poucos... Em doses homeopáticas, um gole por dia. E acabou. Agora acabou de vez.
Hummm... Acho melhor pegar mais dinheiro, talvez eu gaste mais do que o previsto.

- Mas... Não, meu amor... Não! Não pode ser!
Meu Deus, e por que é que ela não me falou nada antes?

- Claro que pode... A maioria das coisas tem um fim, e esse era mais do que natural.
Ih, vou ter que passar no cartão.


- Natural?
Um fim assim é natural?

- Natural, sim... Nós dois sabíamos que isso ia acontecer.
Onde foi parar meu cartão?

- NÃO! Eu não sabia!
Meu Deus! Ela parece tão tranquila! Fica pra lá e pra cá, mexendo na bolsa, arrumando o cabelo e parece não se importar com a minha agonia!

- Como não? Eu também tive participação, mas você foi o maior responsável pelo fim!
Achei! Por que ele está tão aflito? É um fim, como qualquer outro!


- Mas eu posso melhorar, eu juro!
Prometo não deixar mais marcas de copo na mesinha!


- Acabou, amor. Isso é fato.
Preciso ligar para a minha mãe, não posso esquecer.


- Mas eu te amo!
Eu amo essa mulher!


- Oh, meu amor, eu também te amo...
Amo tanto...


- Então por que, raios, você está dizendo que acabou?
Se não acabou o amor...


- Porque acabou! Acabou a...



- Gente?

- A gente? Enlouqueceu, amor? Acabou a cerveja. Tô indo comprar mais no supermercado, tá? Me espera pra começar a fazer o almoço porque quero te ajudar! Beijo, lindo!

quarta-feira, julho 29, 2009

Àquela que é a aniversariante da semana...
Eu peço desculpas por todas as preocupações, e por tudo que ainda pode vir, afinal, eu só tenho 26 anos.
Eu peço perdão por todas as decepções que causei, ainda que muitas delas você as trata como frustrações por não levar em consideração que algumas coisas, com o tempo, mudam no mundo.
Eu peço desculpas se, às vezes, eu apresento pouca paciência quando acredito que deveria haver menos drama em algumas situações.
Eu peço perdão por tudo que eu disse e que te magoou, mas você sabe que eu também tenho mágoas.
Eu peço desculpas pelas omissões, mas se as faço é porque não quero piorar a situação. Mas, saiba, eu não gosto de fazê-las.
Eu peço perdão por parecer ingrata em alguns momentos, mas você sabe o quanto eu sou grata e, muitas vezes, talvez não merecedora de tamanha ajuda.
Eu peço desculpas por não ter feito a faculdade que você acredita ser promissora e tampouco não me esforçar muito para trabalhar em algo que você gostaria.
Eu peço desculpas se nem sempre faço o que você gostaria que eu fizesse, mas saiba que eu me abstenho de muita coisa por recomendação sua, só não deixo evidente o tempo todo.
Enfim...
Eu agradeço eterna e imensamente por absolutamente tudo que você já fez por mim e, por mais que possa não parecer, eu sou muito parecida com você, sim, mas nem sempre eu deixo transparecer. Eu agradaço pela educação que a mim foi dada, porque ela reflete toda a sua boa índole.
Eu a parabenizo e, sobretudo, eu a admiro muito.
Mais que tudo, meu amor por você é incondicional. E sei que você só quer o meu bem.

Obrigada, mãe.

terça-feira, julho 28, 2009

Eles nunca tinham sido um casal, de fato. Já se conheciam há quase quatro anos, tiveram um período de maior aproximação no início, mas Rita e Gabriel nunca fizeram parte do rol de casais apaixonados. Tiveram várias brigas na época em que as vontades de um não eram compatíveis com as do outro, mas a calmaria só se estabeleceu quando ambos aceitaram o fato de que eles não foram feitos para ser um típico casal de namorados e afins. Rita sempre dizia que o único motivo pelo qual os fazia ‘darem certo’ era o simples fato de não serem um casal convencional. Gabriel dizia que ela sempre fora seu melhor relacionamento (?). Sem tradições ou pedidos, eles se encontravam sempre que possível, raramente em público (não porque fosse proibido, mas porque, de alguma forma, acreditavam que aquele relacionamento só cabia aos dois e mais ninguém) e tinham seu momento: às vezes, intenso (o sexo sempre foi bom); outras, amigável (ela contava de seus casos e ele reclamava dos dele). Sempre se encontravam na casa dele, Gabriel nem chegou a conhecer o apartamento de Rita. Ela nunca deixou nada na casa de Gabriel. Nem sequer um brinco ela esqueceu. Rita encontrava objetos de outras mulheres pela casa, mas não queria ser uma dessas mulheres. Rita era diferente e a única vez que ela esqueceu o carregador de seu celular, Gabriel o enviou pelo correio. Aos poucos, os encontros passaram a ser cada vez mais esporádicos. Rita passou a ir menos ao encontro de Gabriel e ele nunca cumpriu a promessa de ir visitá-la. Assim, naturalmente, foram se afastando. Sem cobranças, explicações ou mágoas, Rita e Gabriel saíram um da vida do outro, sem que ninguém precisasse anunciar a saída. Gabriel, recentemente, parece ter perdido a aversão a relacionamentos sérios e começou a namorar, com todas as tradições, uma garota de seu trabalho. Rita está em lua de mel fora do país e volta na próxima semana.
Rita e Gabriel nunca mais se encontraram, mas ainda acreditam que são únicos um para o outro. Mesmo que nunca admitam tal constatação um ao outro e a si mesmo.

sexta-feira, julho 24, 2009

Esse é um dos poucos textos que eu, Adriana, escrevo diretamente para os gatos-pingados que por aqui passam.
Essa semana, em especial, as palavras parecem fugir e o pensamento esvai, assim, sem uma razão muito nítida. Comecei uns quatro ou cinco textos, mas sempre me surgia uma ideia nova e eu tratava de salvar e começar outro, que também ficava inacabado. Inspiração é algo que simplesmente vem. Engraçado que muitas vezes eu tenho um texto pronto na cabeça e quando sento para escrever, puff, ele some completamente. Ou eu mudo de ideia, ou aquilo deixa de fazer sentido. Eu, que costumo ser a garota das letras, acabo por me “distrair” com os números em meio às muitas leituras que faço durante o dia. Eu sempre gostei de palavras cruzadas, mas já não é de hoje que eu me rendo ao sudoku (procura no Google, para quem não sabe) nas horas de quase pane mental. Eu gostaria de escrever mais, contar mais estórias (ou histórias; embora, segundo meu companheiro, o dicionário, o significado seja o mesmo, eu ainda as vejo de maneiras distintas). Gostaria de ler mais (livros já publicados, eu digo) e ter tempo para assistir a mais filmes e seriados. Inspiração é algo que borbulha dentro de mim, mas, de alguma maneira, falta-me algo para deixar fluir tudo isso. Que eu gosto de ler e escrever, já é mais do que sabido, afinal, ninguém faz Letras sem esse pré-requisito (curiosidade: pode-se escrever prerrequisito também, viu? ABL garante), mas também gostaria de ter a escrita, do mesmo modo que já tenho a leitura, como parte de minha profissão. Por um breve período de tempo, achei que eu tivesse escolhido o diploma errado, mesmo que essa área das Palavras e Letras já tenha virado um furdunço e seja fácil encontrar revisores, escritores (especialmente) e tradutores sem um canudo, entende? Daí que eu concluí que mesmo que eu tivesse feito Jornalismo, eu escrevo mesmo é por amor. Porque eu tenho a mente inquieta e preciso, de alguma maneira, encontrar um refúgio para a quantidade de pensamentos que pipocam nesse mundo de Adrianolândia.
Muito bem, falando em histórias, já que essa semana as minhas não tomaram forma, deixo aqui uma sugestão:
Agora, com licença, as letras me esperam.

terça-feira, julho 21, 2009

É uma agonia, sabe? Mas uma agonia boa. Daquelas agonias que você sente, mas sabe que logo vai acabar. Afinal, dentre tantos significados para a tal agonia, há o “desejo ardente; ansiedade, ânsia”. E é isso: desejo, vontade, saudade. Uma ânsia maluca de sair voando até a causa da agonia. Uma agonia que acaba assim que você ganha um beijo e um abraço. E um sorriso. Daqueles que acabam com qualquer agonia e só aumentam o sentimento.
É um sentimento, sabe? Mas um sentimento bom. Daqueles sentimentos que você não sabe o nome, ou sabe, e que faz um bem sem tamanho. Um bem que a gente quase esquece que existe quando passamos muito tempo sem sentir. Um sentimento que você não procura, ele aparece quando menos se espera. E, diferentemente da agonia, esse sentimento não acaba. Beijos, abraços e sorrisos só alimentam esse bem-estar.
É uma espécie de sorte, sabe? Quando dois se transformam em um. Quando dois sentimentos, juntos, significam só um.

segunda-feira, julho 20, 2009

Porque há dias em que a mente não funciona, as informações não processam, a hora não passa e os olhos não querem ficar abertos. Há dias que por mais que você tente, a concentração inexiste e a dor toma conta da cabeça. A incapacidade de escolher uma roupa para vestir fica gritante e nada e nem ninguém no mundo vai te convencer de que você está com boa aparência. Porque você não está. Porque há dias que a única coisa que você quer ao acordar é voltar a dormir.
Assim, sem nenhum motivo aparente.

quinta-feira, julho 16, 2009

Três anos. Pedro e Isadora estavam juntos há três anos. Ela, que sempre fora romântica, nunca tinha recebido flores. Talvez um dia, no primeiro ano de namoro, quando ele bebeu demais e se esqueceu de buscá-la na rodoviária. Duas horas depois, apareceu com uma única flor e uma ressaca moral maior que o buraco no estômago de tanto vomitar. Isadora, com os olhos vermelhos, sorriu e perdoou. Podia parecer que não, mas Pedro amava Isadora. Ele nunca havia dito, mas sentia. E Isadora, apesar de ter estranhado a mudez de Pedro, aprendeu a conviver com o silêncio. Aprendeu a viver com o suposto desamor que rondava o relacionamento deles. Pedro trabalhava bastante, estava sempre envolto aos negócios. Dizia que queria comprar uma casa. Ele só se esquecia de mencionar o “para nós”. Com o tempo, Isadora também passou a planejar sua vida sozinha. A diferença é que ele agia de uma maneira despretensiosa, ela passou a fazer tudo premeditado. Pedro tinha outros passatempos, com nomes, curvas e histórias. Isadora desconfiava, até que um dia comprovou. Perdoou. Isadora nunca sofreu por Pedro, sempre fora muito tranquila. Ela também tinha onde se divertir, mas era feliz consigo mesma. Isadora não fazia nada por vingança. Aprendera que ser vingativo faz mal à saúde. Pedro passou a ser um móvel na vida de Isadora. Pedro era a mesinha do computador de Isadora. Ele precisava estar lá, embora não fosse completamente fundamental. Isadora acostumou-se com aquela mesinha e ainda não tinha vontade de se desfazer dela. Pedro parecia não enxergar Isadora às vezes, só queria saber de si. Assim, era comum o cenário: na mesma casa, ela lia um livro na sala, enquanto ele cozinhava, como se ninguém estivesse em casa. Isadora sentia falta do amor. De declarações, de sentimento. Mas não tinha tempo para essas coisas. Pedro nunca se esforçara para manter Isadora em sua vida, era tão seguro de si que ficou indignado quando, brincando, perguntou a Isadora se ela já o havia traído. “Sim”. Com quem? “Você não conhece”. Ficou dois dias mais mudo que o normal, mas nunca cobrou nada de Isadora. Naquela manhã, Isadora saiu cedo para trabalhar. Pedro continuava dormindo. Depois de muito tempo sem esse hábito, ela deu um beijo de despedida e saiu. Ele nem notou. Isadora não voltou. Pedro só notou quando foi dormir e não encontrou Isadora do lado da cama. Teve uma leve preocupação e esperou um pouco para ligar. Ela não atendeu.
Isadora estava em casa. Em sua casa.
Com o passar do tempo, providenciou sua própria vida. Aos poucos, ela foi levando suas coisas do apartamento que morava com Pedro para o seu novo apartamento. Pedro nunca notou. Além de tudo que comprou para o novo lar, a última aquisição de Isadora foi um notebook. Assim nunca mais precisaria de uma mesinha.

terça-feira, julho 14, 2009

Todos achavam Alice um encanto. Linda, delicada e sempre agradável, costumava ser calma e até mesmo boazinha, embora tivesse seus momentos de muita fúria, mas quase ninguém presenciou tal cena. Alice gostava do amor. Gostava de compartilhar seu amor. Ela acordava de bom humor e, na maior parte do tempo, estava disposta a ajudar as pessoas, em especial quem ela considerava importante. Alice amou intensamente seu primeiro namorado, mas ela gastou tantas energias para conquistá-lo, que depois de um tempo o amor de Alice acabou. Ela fez sofrer o seu primeiro namorado, não por maldade, Alice não é má, mas as cores tinham perdido o brilho. E ela não gostava do desamor. Então Alice se apaixonou de novo. Foi uma daquelas paixões arrebatadoras, ela tinha vontade de largar tudo e seguir seu amor, mas Alice também era responsável demais. Houve um tempo que Alice cansou de procurar o amor e acabou ficando alojada em um falso amor, no qual ela se escondia até encontrar uma nova paixão. E lá veio ela, a paixão. Alice se entregou e foi roubada. Esse amor era mais falso que o outro. No anterior, pelo menos, havia amor da outra parte. Um amor confuso, mas era amor. Nessa nova paixão, Alice foi motivo de chacota. Então, ao invés de subir, Alice acabou descendo. Foi parar em mais uma paixão frustrada. Ela se apaixonou por quem adorava conquistar, mas não deixava ninguém chegar perto do seu coração. Alice, tola, acreditava que poderia conquistá-lo. Não bastante, Alice cometeu o mesmo erro duas vezes. Seguidas. Sua última paixão foi o ápice do sofrimento. Como seria capaz tamanha crueldade em alguém? Crueldade tão despretensiosa. Alice queria amar, mas cansou de amar sozinha. Ela estava em declínio e estava assustada com seu próprio rebaixamento. Ela nunca fora assim, costumava ser tão sensata. O problema é que Alice era boazinha demais, compreensiva demais e, embora, assim como uma folha de papel, amassasse as paixões, nunca tratava de rasgar, atear fogo, jogar no lixo. Essas paixões fracassadas acabavam por permear a vida de Alice, atraindo mais fracassos. Alice resolveu que estava mais do que na hora de se desfazer de um passado sem futuro e que, pior, prejudicava seu presente. Alice rasgou cada paixão. Deixou-as em pedacinhos tão pequenos a ponto de nunca mais serem colados. Ela misturou todas as paixões decadentes e jogou fora. Espalhou as paixões picotadas em diversos lixos, para que nunca mais se colassem. Assim, Alice pegou uma folha em branco novinha e começou a escrever outra história. Sua história. Alice encontrou a paz. Alice encontrou a si mesma. Alice voltou a ser dona de sua história. Entregou seu coração a quem estava disposto a cuidar dele e ganhou outro coração de presente. Coração este que ela prometeu cuidar com muito carinho.

segunda-feira, julho 06, 2009

Ela já tinha levado tantos tombos, que chegou a desistir de ficar em pé em alguns momentos. Às vezes, ela ficava de joelhos; outras, deitada. Caso precisasse se mexer, ia rastejando mesmo, assim não corria o risco de cair com a cara no chão de novo, e de novo.
O problema é que ela tinha essa mania besta de amar. Ou de achar que amava. Por mais desacreditada que estivesse, lá no fundo, talvez não tão fundo, ela acreditava que poderia ser uma boa escolha. Mas alguma coisa dava errado. Ou ela se entregava de mais ou de menos. Parecia que ela não sabia demonstrar interesse. Sempre era muito ou nenhum.
E quando era muito, normalmente, o que vinha do outro lado era pouco. Pouco, mas o suficiente para mantê-la, ainda assim, interessada. Grandessíssima tola. E ela tinha vontade de falar, de escrever, de contar e, claro, de ouvir. Mas ela acabava ficando quieta e não ouvindo nada. Ficava quieta porque não ouvia. Só que o seu coração era inquieto, e ela falava. E se arrependia. Porque o silêncio permanecia alí do outro lado. E ela se sentiu uma tremenda idiota. E, definitivamente, a idiota da história não tinha que ser ela.
E ela começou a ficar cansada. Ela precisava demonstrar seu sentimento, precisava espalhar o amor que ela sentia. E ela resolveu demonstrar para quem a permitisse. Melhor que ser amado é poder demonstrar o seu amor para quem permite tal atitude. Ela cansou de dedicatórias frias nos seus livros. Cansou de tantos descasos e egoísmo. E ela caiu de novo, mas protegeu o rosto. Deixou de lado o tal de "Pensando em te matar de amor ou de dor, eu te espero calada" e percebeu que quando alguém nega o seu amor, então não há razão de esperar. Ela decidiu que, se fosse para esperar por alguém, teria que valer muito a pena. E ninguém andava valendo muito essa pena.
E ela começou a ficar em pé novamente. Sem esperar, sem sonhar, sem sofrer. Foi dando um passo por vez, sem tropeçar nela mesma e nem em que estava por perto. Passou a caminhar, ouviu a música e começou a dançar. E agora ela está ouvindo a música mais bonita e, melhor, ela tem alguém para dançar com ela. E eles dançam juntos. Sem medo de errarem algum passo e, o mais importante, sem medo de levar um tombo.
Quem começa a dançar está sujeito a cair. Mas agora ela aprendeu que é só levantar.

sexta-feira, julho 03, 2009

Então é fato.
Michael Jackson, o Rei do Pop, morreu. E, hoje, oito dias após a notícia, será o seu funeral.
Depois de uma semana na qual esse era o assunto principal, em meio à gripe e quedas de avião, cheguei à conclusão de que eu também quero falar sobre ele. Eu, até então, pouco conhecedora da vida, história e obras do Michael, mas que, claro, mantenho uma admiração pela sua musicalidade e desempenho em palco. Sim, há vários episódios, eu diria, bizarros na história dele, mas há de se admitir que ele tinha um talento musical extremamente apurado.
Ao falar de Michael Jackson, eu conseguia visualizar poucas músicas que me levavam à figura dele, mas resolvi fazer uma overdose de Michael Jackson e ouvi alguns dos Cds dele (as coletâneas e The Best Of) e, meu Deus!, confesso que eu não tinha ideia de quantas músicas eu conhecia (a maioria delas) e não sabia que eram dele, exatamente.
Não cabe a mim apontar as supostas causas que o levaram à morte, aliás, eu poderia dizer que não cabe a ninguém. O fato é: o rol de artistas lendários ganhou mais um rei.
(...)
Segregation
Everybody
Allegation
In the suite
On the news
Everybody
Dog food
Kick me
Kike me
Don't you
Wrong or right me