quarta-feira, junho 30, 2010

(...) Eu sou apenas duas: a verdadeira e a outra. Uma outra tão calculista que às vezes me aborreço até a náusea. Me deixa em paz! - peço e ela se põe a uma certa distância, me observando e sorrindo. Não nasceu comigo mas vai morrer comigo e nem na hora da morte permitirá que me descabele aos urros, Não quero morrer, não quero! Até nessa hora sei que vai me olhar de maxilares apertados e olho inimigo no auge da inimizade: Você vai morrer sim senhora e sem fazer papel miserável, está ouvindo? Lanço mão do meu último argumento, tenho ainda que escrever um livro tão maravilhoso... E as pessoas que me amam vão sofrer tanto! E ela, implacável: Ora, querida, as pessoas estão fazendo montes. E o livro não ia ser tão maravilhoso assim.

[Lygia Fagundes Telles]
Pois que os campos sejam a paisagem da única janela.

Que as flores sejam as únicas mãos.
Pois que o fim de tarde seja o único tempo para viver e o espaço sozinho ocupe mais do que qualquer imagem.
Que o peso da alma não seja mais do que um suspiro.
Pois que não anseio nem amor, nem tempo, nem futuro
a não ser
este tempo, este presente, esta janela, estas mãos numa única verdade
sempre sem fim.

[Ana Marta Fortuna]


Vale a pena postar de novo. Dentre tantas, as que mais me interessam:

A vida não é justa, mas ainda é boa.

Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
Sele a paz com seu passado (e com o de outras pessoas também) para que ele não estrague seu presente.
Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso. (isso inclui pessoas)
O que não te mata realmente te torna mais forte.
Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você. (pena que, na maioria das vezes, nossa infelicidade é por conta de outras pessoas)
Encare cada "suposto desastre" com essas palavras: em cinco anos, isso vai importar?
O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
Independentemente de a situação ser boa ou ruim, ela irá mudar.
A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente.


terça-feira, junho 29, 2010

Dedos cruzadíssimos!

quarta-feira, junho 23, 2010

A vida só pode ser entendida olhando-se para trás.
Mas só pode ser vivida olhando-se para frente.
(S. Kierkegaard)

quarta-feira, junho 16, 2010

Inspirada por aquele livro emprestado, resolvi ler cartas antigas. Não fui muito longe. A nostalgia me contagiou, a saudade de uma época não muito distante gritou. Nós nos líamos o tempo todo! Tempo bom que ficou em algum lugar.

terça-feira, junho 15, 2010

Um vidro de paciência em cápsulas, por favor.
E um teletransporte também, que me mande pra ponta da praia.
Obrigada.