terça-feira, junho 30, 2009

Terminar um relacionamento é tão natural quanto tomar uma cerveja na sexta-feira à noite. Assim, sofrer por amor é quase tão opcional quanto ficar de ressaca. Sim, tudo tem um limite. Ficar triste por amor é natural. Quiçá sofrer um pouquinho, talvez pelo fim, e não exatamente pela pessoa. Beber além da conta acontece, mas todo mundo sabe (ou, pelo menos deveria saber) quando chegou ao seu limite ou, ainda, passou do estágio de alegre para inconveniente. Há quem insista em continuar bebendo, assim como há quem assuma a postura de sofredor. Sofredor a ponto de não se apaixonar de novo e, pior, deixar o sentimento preso àquela pessoa que o fez sofrer. Convenhamos, isso é pra lá de chato. Chato pra quem tem que conviver com seus traumas (mesmo que indiretamente), chato para as pessoas novas que aparecem na sua vida, chato para a pessoa que, supostamente, é a causa do sofrimento, chato até mesmo para os profissionais no assunto. Supere, olhe para frente, esqueça as mágoas e permita-se ser feliz. Não é à toa que alguém já disse que a dor é inevitável, o sofrimento é opcional. Portanto, ao beber, ficar alegre é inevitável; cair de bêbado é estupidez.

quinta-feira, junho 25, 2009

Você tem medo de se apaixonar. Eu tenho medo de me apaixonar. Seu vizinho, sua professora, seu chefe, o senhorzinho viúvo de 70 anos também têm medo de se apaixonar. Todas as pessoas têm ou, pelo menos, já tiveram medo de se apaixonar. É como saltar de paraquedas. Afinal, você só precisa se jogar. E precisa de coragem. Precisa deixar todos os seus medos e receios e... pular. Se apaixonar é como ver um filme de terror. Você não tem a mínima ideia do que vai acontecer, mas quer assistir, quer ver o que vai acontecer, embora esteja com medo e assustado. Estar apaixonado é estar disposto a abrir uma porta entreaberta para ver o que há dentro dela. Quem se julga forte por resistir a uma paixão, na verdade, acaba refletindo fraqueza. Quem não se apaixona deixa, aos poucos, de viver. E o fim do viver é o início do sobreviver.
Pule de paraquedas ou assista a um filme de terror. E encontre alguém para segurar sua mão nesses momentos.

terça-feira, junho 23, 2009

Here comes the rain again
Falling on my head like a memory
Falling on my head like a new emotion
I want to walk in the open wind
I want to talk like lovers do
I want to dive into your ocean
Is it raining with you?

So, baby, talk to me
Like lovers do
Walk with me
Like lovers do
Baby, talk to me
Like lovers do

Here comes the rain again
Raining in my head like a tragedy
Tearing me apart like a new emotion
I want to breathe in the open wind
I want to kiss like lovers do
I want to dive into your ocean
Is it raining with you?

So, baby, talk to me
Like lovers do
Baby, walk with me
Like lovers do
Baby, talk to me
Like lovers do

So, baby, talk to me
Like lovers do

Here comes the rain again
Falling on my head like a memory
Falling on my head like a new emotion

(here it comes again, here it comes again)

I want to walk in the open wind
I want to talk like lovers do
I want to dive into your ocean
Is it raining with you?

[Annie Lennox - Here comes the rain again]

segunda-feira, junho 22, 2009

Olha ela ali, toda sorridente.
Ela sempre manteve o sorriso no rosto quando ele aparecia para vê-la.
Como se fosse uma boneca na caixa, ela sempre sorria na esperança de que ele a escolhesse. Algumas vezes ele passava por ela, parava e ficava olhando. E ela tinha vontade de chorar. Chorar de esperança de que, finalmente, ele a levasse embora. Por que ela está chorando? Mas ele só olhava, passava a mão na caixa, mas acabava por pegar a boneca ao lado. E ela continuava ali, sorrindo, mas chorando. Por que é que ele nunca me escolhe?
E então vinham outras pessoas que também a olhavam, alguns até acabavam por levá-la, mas ela acabava voltando sozinha para a caixa ou, ainda, era levada de volta. E ela sempre voltava com algum arranhão. Nunca voltava ilesa. No fundo, ela queria que quem a levasse, com caixa e tudo, fosse ele. Mesmo que a maior ferida tenha sido causada pela indiferença dele.
E ele sempre voltava para vê-la, de alguma forma. Mas nunca a segurou por muito tempo. Então por que ele a olhava?
Ah, boneca...
E então ela se cansou de não ser escolhida e resolveu se esconder. Escondeu o rosto com as mãos e ele não viu mais o sorriso dela. E ela, que sempre esteve tão disponível para ele, resolveu que talvez ela mesma devesse sair daquela caixa e andar com as próprias pernas. E ela saiu da caixa e se machucou mais. Machucou as mãos na hora de rasgar aquele papelão todo. O plástico duro cortou seu rosto.
E ela descobriu que tinha esquecido como andar. E caiu muitos tombos até chegar ao seu destino. E ela chegou toda machucada, sangrando, até ele.
Por favor, me diz, por que é que você só me olha e não me escolhe?
Porque eu não quero te machucar mais.

domingo, junho 21, 2009

A
paz
invadiu
o
meu
coração
...

quinta-feira, junho 18, 2009

Amanheço, faço frio, me vejo em você. Leio, releio, almoço sem você. Cafeíno, estimulo, predigo antes de você. Canto, remexo, ouço você.
Desapareço, desbloqueio, descabelo, desdobro, desejo, desfaleço, desgosto, desidrato, desjejuo, desligo, desminto, desnudo, desobedeço, despedaço, desquadro, desregulo, dessaboro, destino, desuso, desvirtuo (você).
Chego, faço frio, anoiteço em você.

quarta-feira, junho 17, 2009

Companhia é algo que me falta na hora do almoço. Isso deveras me incomoda, mas ficar sem almoçar não pode, já diria minha mãe e todas as outras pessoas que parecem se importar comigo. Então, lá vou eu almoçar, todos os dias, em minha própria companhia.
Normalmente, costumo ir a ambientes repletos de pães, também conhecidos como padarias, onde ninguém repara muito se você está sozinho ou não. Neste lugar existem os famosos ‘almoços executivos’ que suprem a minha carência de arroz e feijão caseiros. No entanto, devo admitir que muitas vezes eu me contento com os irresistíveis salgados e, de sobremesa, alguma barra de chocolate.
No entanto, almoçar todos os dias no mesmo lugar enjoa, assim, uma vez por semana, eu me arrisco a ir a restaurantes convencionais. O constrangimento começa logo na porta. Mesa para quantos, senhora? Só eu mesma. Só você? Pode ficar à vontade. Bom, pelo menos me dão o direito de escolher o meu lugar, né? Eu procuro um lugar estratégico para poder observar o local, já que não me resta muito entretenimento até chegar a comida.
Casais no auge da paixão sempre têm presença garantida. Procuro manter distância deles, sabe? Almoçar sozinha já é bastante chato, ser lembrada que sua companhia não está no momento é completamente desnecessário.
Executivos em bando sempre existem. Na maioria das vezes, conversando sobre a empresa (o que pode englobar tudo: desde a secretária que fez plástica no nariz até a convenção da próxima semana) ou falando ao celular. Às vezes, aos berros.
Outra classe comum: mulheres. Geralmente estão em dupla, trio ou quarteto. Nunca passa disso. Costumam falar de seus maridos, amantes, namorados ou aspirantes a tal. Sabe que eu acho que vai ser melhor não vê-lo durante a semana? Assim o fim de semana é só nosso... Menos quando ele passa o final de semana com o filho... Daí é um porre, menina... (Posso me poupar dos comentários? Obrigada).
Durante a semana quase não se vê famílias almoçando. Talvez um pai ou uma mãe com o(s) filho(s), mas esses não despertam muito a minha atenção.
E, finalmente, os excluídos, abandonados... Os solitários! (É essa a classe a qual eu pertenço em, pelo menos, 3 dias da semana). Estratégias para não parecer que você se incomoda com o fato de estar só: celular. Celular, o grande companheiro de quem almoça sozinho. É nessa hora que você resolve fazer todas as ligações importantes (do seu ponto de vista) e, sobretudo, as desnecessárias também. Mandar mensagem é uma ótima saída. Em caso extremo, vá à parte de joguinhos e divirta-se. Ainda há o cardápio para brincar, caso você não tenha ido aos famosos self-service; ler, reler corrigir, traduzir, se abanar, se cobrir, não importa. A regra é: não deixem que o tirem de você até chegar o seu pedido. O consolo: pessoas sozinhas costumam sorrir e trocar olhares cúmplices ao se depararem com alguém na mesma situação.
Ainda hei de fazer amigos no horário do almoço, podem apostar.

terça-feira, junho 16, 2009

Quem é você que me trouxe a alegria e a esperança de que tudo pode, sim, dar certo? Quem é você que está longe, mas parece estar ao meu lado, ainda que eu não possa tocá-lo? Quem é você que passou tanto tempo viajando e agora quer que eu viaje até você? Quem é você que todos os dias fala comigo, mas que eu nunca ouvi a voz? Quem é você que eu mal conheço, mas está projetado no meu futuro? Quem é você que eu mal lembro do rosto, mas que não me sai a imagem da memória? Quem é você que eu soube há pouco o nome e que agora não hesito em falar? Quem é você que, Meu Deus, parece estar à minha espera? Quem é você que, Meu Deus, eu pareço estar à espera esse tempo todo? Quem é você que acha graça do que escrevo e me acompanha no jogo com as palavras? Quem é você que despertou em mim a curiosidade e a coragem de ir ao seu encontro? Quem é você por quem eu me importo e não quero magoar? Quem é você, afinal, que está nos meus sonhos e que me faz transbordar do melhor desassossego?

sexta-feira, junho 12, 2009

" - (...) não é possível, deve haver a possibilidade de um ser humano escutar o outro um dia... (...) eu sempre sinto que fico aquém das palavras... (...) nunca consegui passar o que sinto... (...) eu queria... eu sei que é loucura... dizer uma palavra e atingir a significação plena... ser entendido, entende?

- Não.

- É o seguinte: deve haver uma palavra que, uma vez dita, muda o mundo... (...)".

[Eu sei que vou te amar]
Já diria algum sábio anônimo:

Nunca se explique. Seus amigos não precisam, e seus inimigos não vão acreditar.






[explicações desgastam]

quinta-feira, junho 11, 2009

Uma homenagem ao Impressionista. Uma das pessoas mais importantes da minha vida.
Entre tantas as pessoas para as quais já escrevi, eu diria que é você o real merecedor de todas as palavras de carinho no mundo. E é você que sempre vai merecer o meu amor, independente de tudo que já tenha acontecido ou vá acontecer. Meu amor e minha gratidão eterna.
Eu tenho completa admiração, orgulho e respeito por você. Eu poderia dizer que você é o homem mais digno que conheço e de um caráter inenarrável. Tenha a certeza que, sim, todos que o conhecem também sabem disso, embora, às vezes, possam não demonstrar. Não demonstram por pura falta de coragem, mas você sabe o quão admirável você é.
Não é exagero quando digo que eu não sei o que seria de mim sem você e tampouco quando prometo amá-lo para sempre. Espero que um dia eu possa responder à altura tudo o que você já fez por mim. Desculpe se em algum momento eu não pude ajudá-lo ou, ainda, se o decepcionei.
Eu venho procurando ser uma pessoa melhor a cada dia e eu devo isso a você. E você sempre será meu melhor exemplo de vida.
Eu te amo desde sempre e para sempre.

terça-feira, junho 09, 2009

Mau humor. Claro, todo mundo tem o seu.

Considerando que o leque de pessoas ao nosso redor é muito grande, cheguei à conclusão de que, infelizmente, há mais de um tipo de mau humor.
Comecemos pelo início, mesmo.
Eis o famigerado mau humor matinal.
Tudo bem, tudo bem. Nem sempre se acorda feliz da vida por ter que encarar mais um dia estressante no trabalho, mas, meu filho, agradeça, você tem um! Se o seu trabalho é o maior causador do seu mau humor, então talvez seja melhor repensar sua vida, pelo menos sob esse aspecto. Se o mau humor leva só o tempo de chegar ao banheiro e lavar o rosto, parabéns! Já gosto um pouco mais de você! No entanto, se o mau humor só começa a ir embora depois do café da manhã... Ih, rapaz... Pode sair de perto de mim porque eu nada tenho a ver com sua noite mal dormida e nem vou preparar um café.
E, finalmente, se o mau humor é constante, dia de trabalho ou não; antes ou depois do café da manhã, sinceramente, suma daqui. Eu, definitivamente, não consigo entender como alguém que dormiu bem, acordou sem dor e está de folga pode se dar ao luxo de acordar mal-humorado, distribuindo rosnaduras e faíscas a qualquer pobre coitado que surgir na frente.
Preguiça é uma coisa; mau humor é outra.
Acordar com dor, eventualmente, não é nada agradável, experiência própria, mas remédio, médico e hospital servem para tirar sua dor e, por favor, seu mau humor.
Há quem demore um pouco mais para acordar, despertar, mas isso não está diretamente ligado ao mau humor. Reitero: preguiça é uma coisa; mau humor é outra.

E, sim, eu detesto quem acorda de mau humor [pelo menos enquanto a pessoa está nesse transe maldito].

Entretanto, vendo pelo lado positivo [SIM, há um lado bom!], se o mau humor é matinal, isso nos leva a crer que há esperança de tornar-se bom ao longo do dia!

Caso contrário... Aí entramos em outro tipo de mau humor: o mau humor constante.
Ah... Quem não conhece alguém mal humorado em tempo integral? Resmunga, reclama de tudo, não faz ideia do significado da palavra ‘simpatia’, não tem um pingo de sutileza e tampouco sagacidade ao lidar com outras pessoas. Por mim, eu colocaria pessoas assim em uma jaula e deixaria por lá. Eu fujo de pessoas ranzinzas e quando tenho que conviver com elas, troco o mínimo de palavras possível e coloco uma tarja preta imaginária em volta da cabeça dessa criatura tão (des)agradável.


E, claro, o mais comum de todos: o mau humor momentâneo.
Nós temos, em média, entre 16 e 18 horas de um dia inteirinho a ser usufruído, no qual estamos sujeitos aos mais variados tipos de acontecimentos. Eu nem sequer vou me arriscar a citar alguns, pois seriam tantas as situações, que não caberia tudo no blog inteiro.
O que vale é a seguinte constatação: não, ninguém é alegre o tempo todo, sempre há alguma coisinha que pode aborrecer pelo meio do caminho, mas, sim, é possível superar os pequenos percalços (e até mesmo os grandes) de uma forma bem-humorada.
O mau humor não precisa se estender ao longo do dia, noite, semana; ao menos que seja algo grave, mas daí passa a ser preocupação, um outro assunto a ser discutido. E, ainda assim, preocupação não quer dizer mau humor contínuo.

Já diria meu grande amigo, o Aurélio:

Humor [Do lat. humor, oris]
Disposição de espírito.
Veia cômica; graça, espírito.
Capacidade de perceber, apreciar ou expressar o que é cômico ou divertido.

Muito bem, então, se eu não estiver enganada, parece que o humor está muito mais inclinado para o BOM ao invés do MAU, sim?

Eu não prego a alegria descabida, sobretudo, porque eu não confio muito nas pessoas ‘mais felizes do mundo’. Apenas não gosto de afronta gratuita, rabugem descontrolada. O mau humor é direito de todos, mas ninguém é obrigado a aturar a insatisfação alheia de graça.
E, sim, bom humor é fundamental.
Aos que leram até aqui, muito obrigada. Embora eu não seja adepta de ‘desabafos virtuais’, confesso que esse foi um.
Alguém tem uma jaula aí?

segunda-feira, junho 08, 2009

Garçom, traz um chocolate quente, que é para passar o frio. Aproveite e traz um café bem forte, assim eu me mantenho acordada. Uma dose de tequila, por favor, só para começar. Traz uma garrafa de cerveja, que é para brindar. Um vinho tinto seco, para combinar com o jantar. Traz uma água, que é para não ficar muito bêbada. Um suco de laranja, por favor, para prevenir a gripe. Aproveita e traz um saquê, só para não dizer que não tomei cachaça. Está vendo essa foto, aqui? Traz um pouco desse, daí eu te deixo em paz. Ah, mas traz uma coca-cola antes (com limão e gelo).
Talvez tenha sido por causa do frio ou pela bebida em demasia ou, ainda, porque o momento inspirava tal atitude. Talvez tenha sido pela afinidade, pela curiosidade, pelos tempos lá de trás. Ainda pode ser por coincidência, por sorte, por aposta, pelo passado, futuro e, sobretudo, presente. Pode ser que sim ou que não, não importa. Só é certo de que não poderia ser mais interessante esse (a)caso.

domingo, junho 07, 2009

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer".

[Clarice Lispector]

sábado, junho 06, 2009

Todas as noites era a mesma história. Ela tentava dormir abraçada, mas não conseguia ficar parada por muito tempo. Daí logo se esquivava e virava para o outro lado. Acontece que com ele, só com ele, ela queria dormir bem junto, mas não conseguia. Ele também não parava quieto e, por algum problema de logística na hora de escolher o lado da cama, acabaram por escolher o lado em que ficavam um de costas para o outro na hora de dormir, de fato. Sabe, todo mundo tem um lado preferido para dormir, não é? Quando ele bebia demais, ele dormia na mesma posição a noite toda (geralmente ocupando um bom espaço do lado dela), e então ela dormia toda espremida na parede fria ou, quando sobrava mais espaço do outro lado, quase caindo da cama. Às vezes ele dormia tão próximo a ela, que usava até o mesmo travesseiro. Ela gostava, embora ficasse um pouco incomodada. Mas, tudo bem, era ele. E ele podia. Só que um dia eles deixaram de dormir juntos. E o tempo passou e ela conheceu alguém que foi dormir com ela. Só que não era ele. Nem chegava perto dele. E esse outro alguém queria dormir junto, abraçado, sufocando-a. E ela queria se mexer e ele a apertava. Ele a puxava para perto, quando a única coisa que ela conseguia pensar era em empurrá-lo. Talvez tenha sido uma das noite mais longas da vida dela. Logo que amanheceu, ela tratou de pular da cama, arrumar suas coisas e ir embora bem rápido. Deixou um bilhete, só para ele não dizer que ela não tinha consideração.
Desculpe, eu não consigo. Preciso de ar. Você não é ele. Sinto muito.

quarta-feira, junho 03, 2009

Quando foi que você desaprendeu a amar? Como foi que você deixou que isso acontecesse? Em qual momento você passou a (des)amar e, pior, deixou que deixassem de amá-lo? Consegue encontrar uma explicação por terem perdido tal vontade? Onde foi parar aquele seu carisma, aquela sensação boa que as pessoas tinham ao estar em sua companhia? Diz, me diz, por favor, porque é que agora o seu amor sufoca e não conforta? Como você foi capaz de mudar tanto? Onde, exatamente, está seu erro? Aonde foi o 'eu também' do seu 'eu te amo'? E se eu lhe perguntasse quem é o responsável por essa mudança? Você saberia me responder?
Ainda que ela não fosse uma amiga próxima, tivemos alguns momentos de risadas e compartilhamos juntas um momento importante de uma amiga em comum.
Ainda que, talvez, ela fosse uma colega, uma conhecida... ela era conhecida o suficiente para deixar saudade.
Ela era linda, reluzia carisma.
Ela foi embora mais cedo, deixando todos muito chocados.
Eu pensei em ir vê-la, mas quero tê-la sorridente em minhas lembranças.
Ainda que a vida possa parecer cruel, Ele sembre sabe o que faz.
Descanse em paz, menina... E você, menino, força...


segunda-feira, junho 01, 2009

Só uma observação: ninguém devia ficar sem companhia para almoço, nunca.