sexta-feira, novembro 27, 2009

Desabafo...
Dentre as coisas que me irritam, está o ato de atender ao telefone. Eu detesto. Exceto quando eu sei exatamente quem está ligando e, claro, se for do meu interesse falar com quem está do outro lado. Do mais, eu realmente tenho pavor daquele som infernal do telefone. Já tive o grande desprazer de trabalhar como secretária (que, muitas vezes, é sinônimo de recepcionista), profissõeszinhas mais ingratas, e é evidente que todas as ligações não eram de meu interesse.

- Funerária Vá Com Deus, Atazanada, bom dia.
- Bom dia, de onde fala?
- Do açougue.
- Por favor, para que número eu liguei?
- Desculpe, senhor, acabei de jogar a bola de cristal na parede.

Eu detesto anotar recados, deve ser por isso que eu não tenho o costume de deixar recado. E, mais ainda, eu abomino passar as ligações, dizendo quem é, de onde vem, para onde vai e qual o assunto. Odeio ter que voltar com uma desculpa esfarrapada só porque o infeliz que tinha que atender ao telefone não está a fim. A mentira sempre sai da boca do condenado que deu o azar de atender ao telefone. Essa história de deixar recado também requer um tanto de responsabilidade, porque se for algo importante e você esquecer de passar, a culpa também é sua. Sinceramente, isso desgasta. Mas o que mais enraivece é ficar escravo desse aparelhinho diabólico. Qualquer saidinha rápida já o faz tocar desesperadamente e ai de você se demorar ou não atender. Só eu sei cada resposta carinhosa já me veio à mente. Fazer ligações a pedido dos outros também me deixa intolerante. Assim, junte a minha vontade de cá e o bom humor de quem atendeu de lá e o resultado é uma conversa incrivelmente irascível. E quando você não consegue falar com a pessoa solcitada, automaticamente, a culpa passa a ser sua. Então, o problema passa a ser seu caso não encontre o maledeto nos próximos minutos.

Se atender ao telefone e fazer ligações fossem gratificantes, não haveria a coitada da pessoa contratada para fazer isso.

Entretanto, DEFINITIVAMENTE, eu não fui contratada para isso. Inferno.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Diariamente, eu me deparo com fatos e mais fatos de que, definitivamente, o tempo voa, mas, ainda assim, eu sempre me surpreendo. Sempre. A famigerada falta de tempo acaba por me afastar dos hábitos antigos e a distância, essa sim, parece deixar-me fadada a um único sentimento: saudade. Ainda que eu nunca tenha tido 'turmas' de amigos - de infância, de colégio, de trabalho - eu sempre tive o hábito de extrair as melhores coisas (pessoas) dos lugares. Tenho amigos espalhados por inúmeras cidades e eu me contorço de saudade até mesmo dos que moram no mesmo lugar em que, atualmente, me encontro. Dentre todos, há, sim, uma turma que conquistou meu coração há quase um ano. As histórias foram muitas, os momentos também, e a saudade que ficou, por conta da tal distância que jogou cada um para um lado, tem feito com que eu perceba, cada vez mais, que o tempo é cruel e passa, mesmo, sem nenhuma piedade. Eu sinto saudade de determinadas épocas, em que eu vivi intensamente e acreditava, sim, que seria sempre daquela maneira. Não foram, mas as coisas boas ficaram, certamente. Lembro com saudade de quando morava com meu irmão, embora eu passasse maus bocados na selva de pedra. Algumas coisas simplesmente foram e nunca mais serão. E, apesar de, às vezes, dolorida, essa é a melhor parte. Porque o mais importante ficou, a experiência valeu. Lembro com muita saudade de cada fase que vivi, mas, não, não desejo voltar. Agora eu olho para frente e apenas guardo uma parte saudosa dentro de mim. Lembro com saudade, satisfação e a certeza mais que absoluta de que tudo tem seu lado bom.

terça-feira, novembro 17, 2009

Sabe quando você quer tanto bem alguém que até consegue esquecer cada aborrecimento que teve antes de encontrar o real significado do amor? Sabe o que é sentir alguém fazer carinho no seu rosto no meio da noite e ter a certeza, por esse simples gesto, de que isso, sim, é gostar de verdade? Sabe o que é poder contar, de fato, com alguém? Sabe o que confiar sem medo e não precisar de desculpas? Sabe o que é sentir aquele ciúmes de zelo e também sentir-se amparado? Sabe o que é ter vontade de sair correndo e abraçar forte depois de uma conversa séria para ajeitar as coisas? (essas conversas são chatas, mas fundamentais) Sabe o que é cumplicidade, afinidade e felicidade estampadas em dois sorrisos que se olham? Sabe o que é esquecer por completo as lamentações, as frustrações e a desesperança? Sabe o que é olhar para trás e sentir uma espécie de asco, ao lembrar de cada situação desnecessária por qual passou? Sabe o que é olhar para frente e visualizar uma história bonita e cheia de amor? Sabe o que é aproveitar cada minuto porque parece ser valioso? Sabe o que é sentir-se completo apenas pelo fato de estar na companhia de quem tem feito seus dias mais coloridos?

Se você deixou de saber, é porque talvez ainda não fosse o momento. Não fique descrente e tampouco despreze o sentimento de quem agora sabe.
Se você não sabe, tenha a certeza de que vai entender quando sentir.
E se você sabe, então agradeça e cuide bem do seu amor.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Há um momento em que tudo parece ficar mais claro e é possível decidir algo e, sobretudo, discernir algumas coisas em sua vida. Você percebe que está cansado do seu trabalho, não pelo trabalho em si, mas pelo ambiente em que você é obrigado estar, pelo menos, nove horas por dia. Você sente muito mais saudade de sua família e daqueles amigos que você não vê há tempos por conta da famigerada falta de tempo. Você sente na pele que sua saúde é preciosa e frágil, e que é preciso cuidar o quanto antes de cada dorzinha que surgir, porque ela pode piorar muito ao longo do tempo. Você se dá conta de que a pessoa que você ama é, de fato, a melhor coisa que poderia ter lhe acontecido e de que você nunca esteve tão feliz como agora. Então, você resolve tomar algumas atitudes para mudar o que lhe desagrada e preservar o que lhe faz bem. E, acima de tudo, você agradece por cada sorriso estampado no seu rosto e no rosto de quem o cerca, porque mais importante que estar feliz é fazer alguém feliz.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Lord, I thank you for this season in my life. Like fall, I rest in the beauty of preparation for the spring of new life. I give you thanks.