quarta-feira, junho 30, 2010

Pois que os campos sejam a paisagem da única janela.

Que as flores sejam as únicas mãos.
Pois que o fim de tarde seja o único tempo para viver e o espaço sozinho ocupe mais do que qualquer imagem.
Que o peso da alma não seja mais do que um suspiro.
Pois que não anseio nem amor, nem tempo, nem futuro
a não ser
este tempo, este presente, esta janela, estas mãos numa única verdade
sempre sem fim.

[Ana Marta Fortuna]


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