terça-feira, setembro 01, 2009

Ela nunca pediu muito, só um pouco de muita coisa. Ela só queria carinho e respeito. Afeto e abrigo. Pediu que demonstrasse o que sentisse, que dissesse tudo o que lhe viesse à boca e que a abraçasse bem forte e depois desse um beijo, terno e carinhoso. Ela pediu que fosse a única mulher na vida dele, que ele pensasse nela e sentisse saudade. E que quando a encontrasse, abrisse um sorriso lindo, daqueles que não precisam de mais nenhuma palavra. Pediu que dormissem juntos, que ele conhecesse seu corpo e não reparasse nas pequenas coisas. Pediu que fizesse algumas surpresas, dessas que nem sequer é preciso gastar dinheiro. Aliás, ela acreditava pedir coisas simples, nada que se pudesse comprar. Ela pediu apenas que a compreendesse, que a apoiasse, que fosse amigo, mas amante, especialmente. Ainda pediu um pouco de ciúmes, porque ela achava uma graça quando ele tentava esconder esse sentimento. Pediu que ele tirasse o cabelo dela do rosto, que fizesse carinho, que não sentisse vergonha por ela e não a julgasse. Ela pediu que ele soubesse cozinhar e que tivesse uma risada despretensiosa. Pediu, enfim, que não a esquecesse, nem durante e nem depois. Em meio a tantos pedidos, foi-lhe dado uma única coisa, algo que ela não poderia pedir, mas conquistar: o amor. Então ela não precisou mais pedir, só sentir.

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