sexta-feira, maio 01, 2009

Ela, como de costume, está sem saber qual caminho seguir. No momento, ela teria três portas para abrir. Na verdade, na bem da verdade, ela sabe muito bem que as três portas a levam para o mesmo destino: fracasso. Duas das portas ela já abriu e fechou inúmeras vezes. Na prática ou na teoria. Ela já entrou, caminhou, caiu em diversos buracos, levantou, bateu a cabeça, caiu de novo e resolveu sair, mas nunca trancou as portas, sempre as deixou ali, fechadas, mas disponíveis. Em suma, duas das portas têm uma daquelas faixas amarelas e pretas que todo filme policial tem em alguma cena de crime. A outra porta está entreaberta e ela já espiou algumas vezes entre o vão. E ela não consegue ver nada muito claro, mesmo usando seus óculos. Ela sabe que teria que entrar para saber o que tem por trás daquela porta tão nova, tão simpática e tão... misteriosa. Ela se sente acuada e, de certa forma, responsável por tudo que possa vir a dar errado.
Depois de olhar para as três portas, com mais carinho para a que está ligeiramente aberta, ela decide sair pela janela. Por incrível que pareça, esse é o caminho mais seguro no momento.

Um comentário:

Melona disse...

Se ela já sabe que o resultado final de qualquer uma das três portas é o fracasso, porque insistir em entrar? A melhor escolha não seria além de sair pela janela trancar logo de uma vez as portas já sinalizadas e deixar que a entreaberta se abra com o vento ou se feche de vez?
Amo você, irmãzinha!