domingo, maio 31, 2009

Ao longo da vida, da minha vida, foram e são feitas inúmeras descobertas.
Muitas delas não são tão bacanas assim, como, por exemplo, o fato de descobrir que existem pessoas más de verdade na vida real, e não só nas histórias de contos de fadas(?) que eu ouvia quando era criança.
Horrível descobrir que o Papai Noel não existe e que quem respondia às minhas cartinhas (sim, o meu Papai Noel era muito educado e sempre me escrevia) era, na verdade, o meu irmão. Impressionante descobrir que o Mundo de Beakman era dublado e, pior, as cartas que enviavam eram falsas [tenho traumas com cartas, eu acho].
Interessante quando você se dá conta que o Chaves e o Chapolin eram o mesmo ator e, mais, o Programa do Chaves é em espanhol! Além disso, a Chiquinha era adulta.
Muito triste saber que seu primeiro amor/beijo morreu muito jovem, de um câncer raro, que você nunca teve coragem de perguntar a respeito para ninguém.
É um pouco estranho descobrir que a Vovó Mafalda e a Velha Surda da Praça são homens e o Bozo deveria ser uma figura simpática e não aterrorizante, como eu achava.
No entanto, bacana foi poder acompanhar a Deborah Secco com os mesmos dilemas que os meus, em Confissões de Adolescente.
Difícil entender, aos 15 anos, que a sua tentativa de namorado, na época, achou mais interessante ficar com uma mulher de 22 anos e você a considerava uma velha.
Cruel sentir tanta cólica, tudo porque seus hormônios estão desorientados por conta do fim da infância e início da adolescência.
É complicado processar a ideia de que enquanto você brincava de Barbie, aos 12 anos, hoje, há meninas que ficam grávidas. Os tempos mudaram, MESMO.
Assustadora a responsabilidade de escolher uma profissão aos 18 anos, sem nem saber muita coisa sobre essa tal de vida adulta.
E o café da manhã sempre pronto logo cedo? E a minha coleção de bonecas? E a despreocupação com relação ao amanhã? E a metade do abacate que meu pai sempre me dava porque sabia que eu gostava? E os bolinhos de chuva da minha avó? E as brincadeiras de cócegas que minha mãe e eu tínhamos?
Ficou tudo guardado no rol das boas lembranças.
E por mais que dê medo, a vida adulta ainda consegue ser surpreendentemente boa, apesar de todas as descobertas negativas que já vieram e estão por vir.

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