terça-feira, março 17, 2009

Já diria a linda Florbela Espanca:

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, apaixonada, atormentada, uma alma que tem saudade... sei lá de quê!”

A verdade é que eu quero estar em vários lugares ao mesmo tempo e fazer muitas coisas ao mesmo tempo. A bem da verdade é que eu faço bem menos do que eu gostaria. Eu gostaria de estar em, pelo menos, cinco cidades ao mesmo tempo e fazer, pelo menos, seis cursos de variadas coisas. Acontece que eu quero escrever tudo, registrar tudo, viver tudo. E eu fico inquieta por não conseguir fazer minha pós, terminar o curso de espanhol e alemão, tocar instrumentos, viajar pelo país e sair para jantar. Tudo ao mesmo tempo. Eu sinto saudade do que vivi e mais saudade ainda do que não vivi.
Sinto uma inibida vontade de já ter chegado ao fim. Uma vontade de já possuir todas as respostas que me faço ao longo do que vivi e ainda vivo. Quem sabe, se eu estivesse no fim, eu saberia dos motivos e esclarecimento dos acontecimentos. Da mesma maneira que sei o porquê de sempre levar uma bala na bolsa em um primeiro encontro.

O fim do começo deu largada.

"(...) eu busquei felicidade por muito tempo de minha vida - agora eu quero mesmo é alegria. (...) eu quero estar contente - mas felicidade? parei de cair nesta armadilha."

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