segunda-feira, abril 27, 2009

Hoje a conversa é entre nós: a dona deste blog e você, leitor.
(Aos que não querem saber uma verdade - cruel, talvez - favor parar de ler agora. E não diga que eu não avisei.)
Como seria possível alguém ser "perfeito", mas, ainda assim, não ser o suficiente? Quem já ouviu algo do tipo: "você é perfeito... mas eu não sei reconhecer isso", ou ainda: "você tem tudo que eu procuro em alguém, mas não me sinto preparado para isso", definitivamente, deve ter essa dúvida.
Sejamos diretos: você não é importante para essa pessoa.
Sim, dói, mas você sobrevive, juro.
Isso não significa que a pessoa não goste de você, ela até gosta, mas não o suficiente para te eleger a pessoa com quem ela quer ficar de verdade.
Não há como estar com alguém pela metade. Se só o procuram para determinados assuntos ou interesses é porque, no mínimo, você só é útil pela metade (ou nem isso). E quem é que quer ser útil pela metade? Você acaba se sentindo muito mais inútil, isso sim. E não adianta ter a esperança (eu diria: ilusão) de que o outro vai ter um rompante de lucidez e descobrir que você é o amor da vida dele. Esqueça, isso só existe em filme (e olhe lá).
Tudo bem, você já pode ter ouvido falar sobre uma exceção aqui e outra alí (geralmente, a amiga da prima da cunhada do tio do seu colega de trabalho), mas a verdade é que se você não é o bastante hoje, dificilmente será amanhã. E se você não quer ser interessante apenas em alguns momentos, então deixe de ser por completo para esse alguém.
Porque se você não é interessante como um todo para essa pessoa é porque ela não merece nem o seu mínimo. E eu nem digo que ela é má pessoa, é só uma questão de sentimento: ela não gosta de você o suficiente para te considerar importante. Deu para entender?
Assim, realismo e objetividade são essenciais: não invista em quem só parece querer parte de você. Há muita gente que o quer por inteiro.
(E quem leu até aqui mesmo depois do meu aviso, não reclame, é para o seu bem!)

2 comentários:

Li disse...

Hahaha... Eu li até o final, mas você sabe que dessas verdades eu entendo. bjos

Anônimo disse...

Uma vez escrevi sobre algo parecido com isso: http://oimpressionista.wordpress.com/2006/11/17/perder-se-e-um-achar-se-perigoso/

Talvez haja aí algo para se refletir: o quanto nos colocamos em dependência de outras pessoas (não todas, mas de algumas que escolhemos) para definir quem somos, o quanto valemos, o que fizemos e o que vamos fazer... Isso é uma coisa com a qual devemos ter cuidado.