quinta-feira, novembro 13, 2008

Tombos.
Como é possível uma pessoa parecer viver sempre na corda bomba?
E eu me refiro aos tombos nos dois sentidos: literal e figurado.

Já conheceu alguém que tropeçasse na própria barra da calça boca de sino e se estatelasse na calçada, enquanto sua mãe a espera do outro lado? (Filha? Cadê você?) Aqui, mãe. Caída atrás do carro estacionado.

Já imaginou alguém torcer o pé de havaianas na areia da praia e começar o ano mancando e com uma consulta marcada no ortopedista? Não, doutor. O braço está ótimo, hoje é o tornozelo.

E alguém que cai de quatro em pleno almoço festivo [pago] e é tachada de bêbada sem ter tomado um gole da tal caipirinha "de graça"? E agora? Saio engatinhando e me escondo, levanto e dou risada ou me finjo de morta?

E aquela que está com tanta pressa no metrô paulistano a ponto de tentar subir correndo a escada rolante e tropeçar três vezes e cair as três vezes para uma platéia gigantesca? Raios!

Consegue ter uma idéia da vergonha que alguém passa ao descer do ônibus e cair de joelhos na rua? Ops, escorreguei.

Já correu tanto que saiu voando e seu joelho carrega a marca até hoje? [e a calça rasgada deixou de ser moda e foi doada]

Tem também aquela pessoa que cria tantas expectativas sobre algo ou alguém e, de repente, se vê perguntando: Oi, cadê o chão daqui mesmo?
[esse é o pior dos tombos; a decepção, a frustração, a mágoa.]

Mas, acredite, cicatriza.

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